Globo terá sexta cota para o futebol

A transmissão do futebol na Globo está inflacionada. A emissora decidiu aumentar de cinco para seis o número de cotas disponíveis para os patrocinadores a partir de 2008. Ainda assim, o valor de cada espaço teve um reajuste 7% para a próxima temporada, passando de R$ 97,4 milhões para R$ 105 milhões. Segundo a coluna Outro Canal, publicada no jornal ?Folha de S.Paulo? desta quarta-feira, a medida visa reduzir o prejuízo de R$ 160 milhões anuais que os cariocas têm acumulado com o esporte. Na próxima segunda-feira, a Globo irá lançar o plano comercial que deverá render R$ 630 milhões brutos à emissora. No entanto, serão descontados desse montante impostos, comissões e bonificações. Apenas R$ 330 milhões irão para os cofres globais. Só os direitos da Série A do Brasileiro custam R$ 270 milhões. Ainda de acordo com o jornalista Daniel Castro, que assina a coluna, o assunto é tratado como ?segredo? pelos executivos da área comercial do canal, que não confirmam a comercialização da sexta cota. Depois de perder o espaço para as Casas Bahia em 2006, a Coca-Cola deverá voltar às transmissões do futebol da Globo. A modalidade preferida dos brasileiros tem registrado queda de audiência no Ibope neste ano. A média acumulada é de 24,6 pontos contra os 28 da última temporada. A emissora também colocará no mercado as cotas para o Mundial de Fórmula 1 de 2008 e para os Jogos Olímpicos de Pequim. O evento chinês terá cinco cotas com valores entre R$ 25 milhões e R$ 28 milhões. O top de cinco segundos sai por R$ 8 milhões. O canal carioca dará prioridade para as marcas que apóiam o Comitê Olímpico Internacional (COI), como Coca-Cola, Visa e McDonald”s. Na última edição do evento, Bradesco, Ford, Nestlé, Kaiser e Visa desembolsaram R$ 18 milhões por um espaço na emissora, que perdeu os diretos das Olimpíadas de 2012 para a Record. Em agosto, o Sportv anunciou que todas as cotas para a competição olímpica já foram vendidas. Bradesco, McDonald”s, Extra Hipermercados, Sadia, Citröen e Vivo pagaram R$ 14,5 milhões por 8.630 inserções na programação da rede esportiva até agosto de 2008.

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