Hypólito vira destaque comercial do Pan

A medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos conquistada por Diego Hypólito nesta terça-feira consagra uma trajetória sem precedentes na ginástica masculina nacional. O primeiro passo foi dado em 2005, quando o atleta quebrou os paradigmas no solo do Mundial da Austrália, ao conquistar o título inédito para o Brasil. Desde então, o autor das façanhas foi alçado à condição de ídolo e ícone comercial do esporte brasileiro. A ascensão do ginasta pode ser comprovada nos Jogos. Em meio a nomes consagrados na modalidade como Daiane dos Santos e da irmã Daniele, Diego é o protagonista. “Ele é um sucesso, primeiro, porque passa a idéia de superação. Além disso, tem todo o ineditismo das conquistas, o sobrenome já reconhecido e o currículo vitorioso. Vale destacar ainda que a ginástica não é uma modalidade cara. O valor de mercado ainda é acessível para que as empresas associem suas marcas a atletas com boa imagem”, analisa Maurício Fragata, presidente da Fragata Marketing Esportivo e especialista em esportes olímpicos. Enquanto o atleta acumula feitos, os patrocinadores comemoram. A Golden Cross, com quem tem contrato até os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, aproveita o bom momento de Diego para promover um série de ações promocionais durante o evento. “Diego é correto e disciplinado. É comprometido com o patrocínio e agrega grande carisma à nossa marca. O retorno do acordo tem sido muito superior ao que a gente esperava”, afirma Érico Belo, coordenador de marketing da Golden Cross. O patrocínio tem sido destacado como um dos mais eficientes do Pan. Entre anúncios de mídia exterior e peças publicitárias para TV, a empresa tem usado incessantemente a imagem do ginasta para divulgar seu vínculo com o evento esportivo. “Foi feito um bom trabalho de ativação do patrocínio”, avalia Marcelo Palaia, professor da ESPM e sócio da Bravo Marketing Esportivo. A repercussão dos sucessivos resultados positivos levaram Diego a ser o único atleta brasileiro a protagonizar um anúncio da campanha mundial da Adidas “Impossible is Nothing”, ao lado do argentino Lionel Messi, do inglês David Beckham e da russa Yelena Isinbayeva. Já a Redecard, patrocinadora do atleta há quatro anos, caminha na contramão e prefere se manter em segundo plano. A empresa aposta na imagem do atleta para estabelecer uma relação com os próprios funcionários. “Não usamos e nem pretedemos usá-lo na mídia. Trabalhamos apenas com o endomarketing, nosso conceito de patrocínio é interno, baseado na superação. Mas é claro que o destaque do Diego nos Jogos expõe involuntariamente nossa marca”, explica Ana Paula Pinheiro, analista de marketing da Redecard.

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