Imprensa especula cisão da McLaren

Os boatos de uma possível venda da McLaren à Mercedes, sua fornecedora de motores, voltaram a ganhar força nesta semana. A montadora alemã possui 40% das ações da escuderia e, segundo a agência “EFE”, já teria iniciado o movimento para criar a equipe Prodrive, derivada do time dos pilotos Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Nesse caso, a McLaren desapareceria e daria lugar a duas escuderias distintas. A Mercedes contaria com os serviços de Alonso e Pedro de la Rosa e teria o patrocínio do Banco Santander. O Abbey Bank, um dos braços da instituição financeira espanhola, apoiaria Hamilton na Prodrive, que teria ainda o “know-how” de Ron Dennis e Martin Whitmarsh. A cisão da equipe brit”nica seria uma das formas de arrecadar os US$ 100 milhões (R$ 190 milhões) necessários para o pagamento da multa imposta pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) como punição pelo esc”ndalo de espionagem. O valor seria deduzido dos prêmios já pertencentes à McLaren pelo Mundial de 2007, somando-se a ele outros US$ 35 milhões (R$ 66,5 milhões) da venda do time. O principal entrave para a concretização da negociação, porém, seria o “Acordo da Concórdia”, que rege as transações econômicas da Fórmula 1. O documento não prevê o repasse de premiações a outra escuderia. Por esse motivo, Ferrari, BMW e Williams já demonstraram seu descontentamento em relação aos planos da McLaren. A nova equipe, de acordo com o estatuto, seria considerada apenas uma competidora e não construtora. Durante toda a temporada, Toro Rosso e Super Aguri enfrentaram o mesmo problema, já que correm com chassis fornecidos por Red Bull e Honda, respectivamente. Até agora, nenhuma solução foi encontrada para o caso. Para evitar futuros impasses, a FIA já está trabalhando na redação de um novo ?Acordo da Concórdia?. A intenção da entidade é deixar claras as diferenças entre competidor e construtor. Sem a finalização do texto, no entanto, o anúncio da nova equipe deverá ser atrasado.

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