A Lei de Incentivo ao Esporte e a persistência dos organizadores foram os dois principais motivos para que, no último final de semana, São Paulo celebrasse a organização do Athina Onassis International Horse Show, um dos maiores eventos de hipismo do mundo. A realização da etapa que fecha a temporada da elite do hipismo só conseguiu sair do papel graças à aprovação da proposta da Federação Paulista de Hipismo (FPH) para que cerca de R$ 3 milhões fossem bancados pela Lei de Incentivo ao Esporte. Além disso, com a crise causada pela morte de um animal em Santo André, somente após a insistência da organização que a prova foi realizada. ?A partir do momento que a gente soube que o evento teria de ser adiado, nossa maior preocupação era dar segurança às marcas que apostaram nesse projeto. Antes de falar com a imprensa ou com qualquer pessoa, tivemos o cuidado de falar com cada um dos nossos patrocinadores para dar tranquilidade a todos eles. Isso, sem dúvida, nos deu credibilidade no mercado?, afirmou André Beck, da empresa Sportcom, a organizadora do campeonato. O esforço parece ter dado resultado. O evento foi incluído no calendário anual da cidade de São Paulo e já tem a sua terceira edição confirmada para ser realizada entre 30 de julho e 2 de agosto de 2009. ?Quando o Doda (o cavaleiro Afonso Miranda, marido de Athina Onassis) decidiu trazer essa competição para o Brasil, nós tínhamos a missão de fazer o melhor evento possível. No mesmo nível ou melhor dos que são feitos no mundo todo?, relembrou Beck. Para este ano, a novidade do evento foi o uso da Lei de Incentivo ao Esporte para garantir toda a infra-estrutra esportiva da competição. O transporte dos cavalos, a compra dos obstáculos, da grama e, ainda, da arquibancada usada na Hípica Paulista foram custeadas pela lei federal e deu benefícios à Mapfre, ao Bradesco e ainda à Usiminas, empresas que usaram a renúncia fiscal para estampar sua marca e realizar ações na arena. Ao todo foram vendidas 14 cotas de patrocínio, além de outras empresas que atuaram como apoiadoras e fornecedoras dos cinco dias de competição. Ao todo, foram cerca de 40 marcas relacionadas ao Athina Onassis International Horse Show. Com a novidade da inserção da prova no calendário da cidade e, ainda, com o uso da Lei de Incentivo (em 2007, quando o evento foi lançado, a lei ainda não estava totalmente regulamentada), a expectativa dos organizadores é de um evento ainda maior em 2009a e cada vez mais ?livre? da grife bilionária de Athina Onassis. ?A marca Athina Onassis foi extramamente importante no início. Foi a primeira vez que ela colocou sua grife à disposição do mercado. Mas agora a tendência é o evento ir se solidificado independentemente da marca Onassis?, disse Beck.
Incentivo e “teimosia” turbinam Athina
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