Intervenção pode tirar Euro da Polônia

Em comunicado oficial conjunto, divulgado no início desta terça-feira, a Fifa e a Uefa anunciaram que buscam medidas práticas para resolver o problema alojado na Federação Polonesa de Futebol. Ambas as entidades repudiam a nomeação de Robert Zawlocki como interventor, por parte do Comitê Olímpico e do Ministério dos Esportes do país. As instituições ainda reconhecem Michael Listkiewicz (foto) é ainda oficialmente o presidente da federação. A depender da rigidez empregada por Fifa e Uefa, a Eurocopa de 2012 ? prevista para ocorrer na Polônia e na Ucr”nia ? passa a correr sérios riscos. As entidades têm normas firmes para reger a nomeação de presidentes em federações, e não admitem o procedimento adotado pelo Comitê Olímpico e pelo Ministério dos Esportes, ambos da Polônia. A explicação para a nomeação de Zawlocki como interventor é de que Listkiewicz, o presidente original, foi conivente com os casos de corrupção e manipulação de resultados que assolaram o futebol polonês nos últimos anos. Apenas na temporada 2007/08, quatro clubes foram rebaixados em decorrência destas acusações. As duas entidades que comandam o futebol europeu e mundial devem discutir o caso no comitê executivo da Fifa e no painel emergencial da Uefa, ambos previstos para o fim de outubro. Recentemente, Polônia e Ucr”nia vêm sendo alertadas sobre o atraso de suas obras na preparação para a Eurocopa de 2012. Os problemas estruturais do futebol polonês só agravam a situação, aferida em recentes visitas de inspetores da Uefa nos dois países. A repulsa a atitudes como essa também é política do Comitê Olímpico Internacional (COI). No fim de julho deste ano, a poucas semanas do início dos Jogos Olímpicos de Pequim, a entidade decidiu banir o Iraque da competição por uma situação parecida. Sequestrado desde 2006, Ahmed al-Hiyie-al-Samarrai, presidente eleito do Comitê Olímpico Iraquiano, foi “substituído” por Yassin Mohammed Jaafar, ministro de Juventude e Esporte do país, que assumiria um órgão temporário após a dissolução da instituição original. Por entender que o Comitê Olímpico Iraquiano não teria mais a mesma autonomia, o COI optou pelo veto, que caiu dias depois, após protestos dos atletas e do governo do país, que garantiram que não haveria nenhuma intervenção.

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