Maiô dos recordes tira Nike da natação

Principal fabricante de material esportivo do mundo, a Nike anunciou, na última segunda-feira, que não vai mais investir em pesquisas de alta performance na natação. Em um comunicado oficial, a marca norte-americana indicou que tem outras prioridades até 2011, quando pretende atingir a marca de US$ 23 bilhões (R$ 42,3 bi) em vendas. ?Não vamos investir na nova geração de tecnologia para a natação, já que essa não é uma das categorias com as quais pretendemos trabalhar?, diz o documento. O plano da Nike inclui seis searas principais com as quais a marca pretende trabalhar no próximo triênio. Além dos esperados futebol, basquete e running, o projeto da empresa ainda inclui fitness masculino e feminino e a linha de sportswear. O afastamento não significa, no entanto, que a companhia deixará de trabalhar com as outras modalidades. A tendência é que a Nike continue desenvolvendo material para esportes como o tênis e a própria natação. Nessa modalidade, porém, não haverá a busca incessante por tecnologia que caracteriza a empresa. A saída do mercado das piscinas, que movimenta cerca de US$ 200 milhões (R$ 368 mi) por ano, tem a ver com a dificuldade que a empresa tem em firmar uma posição. A Nike é apenas a terceira maior do setor, com 13% de participação, contra 20% da TYR e 60% da Speedo, em números da empresa de pesquisa The SportsOneSource. O sucesso da marca australiana nos Jogos Olímpicos de Pequim, quando conquistou 89% de todas as medalhas possíveis e 94% dos ouros, com 23 dos 25 recordes mundiais batidos na ocasião. O destaque do maiô LZR Racer, apontado como diferencial do processo, já havia feito, antes da Olimpíada, a Nike tomar uma medida drástica. Pressionada pelos seus atletas, que brigavam por condições de igualdade nas disputas, a marca norte-americana autorizou que os competidores nadassem com o ?uniforme? rival. No comunicado, porém, a Nike negou que a saída da natação tenha relação com o fracasso olímpico.

Sair da versão mobile