Um encontro na Bélgica, nesta sexta-feira, sela o futuro do Athina Onassis International Horse Show (AOIHS), maior evento de hipismo do país e que estava programado para ocorrer entre os dias 15 e 19 de outubro, em São Paulo. A reunião, que contará com representantes da organização do evento, médicos especializados e membros dos Ministérios da Agricultura do Brasil e da União Européia, vai definir se é possível criar um corredor sanitário para impedir que os cavalos da competição adquiram a doença chamada mormo. Raro, contagioso e com alto índice de mortalidade, o mal é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido também a seres humanos. Na última segunda-feira, a organização do AOIHS divulgou o adiamento em uma semana da competição por causa de um caso de mormo na cidade de Santo André. Em procedimento padrão, o Ministério da Agricultura fechou as fronteiras brasileiras para importação ou exportação de animais por seis meses, para evitar que a doença se espalhe. Os responsáveis pelo evento, no entanto, querem abrir uma brecha na regra. A Sportcom, empresa que coordena a disputa, deve apresentar aos responsáveis uma série de laudos atestando que todos os animais que mantinham contato com o cavalo enfermo não estão contaminados. Assim, provariam que o isolamento dos espécimes europeus garantiria a saúde dos mesmos e o evento poderia ser realizado. A questão não é, porém, simples assim, especialmente por envolver o maior e mais caro evento de hipismo que já aconteceu no país (neste ano seria realizada a sua segunda edição). A Máquina do Esporte ouviu especialistas no assunto, sendo que alguns pediram para não serem identificados. A maioria entende que é muito cedo para a abertura das fronteiras, como o veterinário Tito Montelo. ?Às vezes você faz um exame e dá negativo no laboratório, mas pode ser que na semana seguinte ele apresente a enfermidade. Você precisa desse espaço de tempo para tentar fechar a janela imunológica?, disse o médico, que é formado pela Universidade Estácio de Sá e trabalha com cavalos atletas. A solução cabível, o corredor imunológico, deve exigir empenho dos organizadores. Para que os animais não corram riscos, eles devem descer do aeroporto direto para caminhões lacrados, que só serão abertos no local da competição, a Sociedade Hípica Paulista, que não registra um caso de mormo há cerca de 40 anos. O esforço impediria, porém, o desastre do cancelamento. Com investimento de R$ 14 milhões, a maior prova de hipismo do Brasil é também a final do Global Champions Tour, o principal circuito internacional da modalidade, com o prêmio recorde de US$ 2,7 mi. No ano passado, a primeira edição do AOIHS reuniu mais de 13 mil pessoas.
Maior evento de hipismo define futuro
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