Mascotes caem nas graças dos clubes

Nos Estados Unidos, ligas profissionais, universitárias ou mesmo colegiais de diversas modalidades têm em comum a maciça utilização dos mascotes como símbolo dos times e grande fonte de receita. Com atraso, o futebol brasileiro tem desenvolvido estratégia similar, colhendo bons frutos no último ano, e com uma grande expectativa de ganhos e possibilidades para esta temporada. Um dos casos mais emblemáticos é o do Santos. Após uma tentativa frustrada de inserir um mascote baleia durante os seus jogos, pegando carona na vitoriosa geração de Diego e Robinho, o clube paulista rediscutiu sua estratégia e chegou ao formato dos dois atuais personagens, batizados de Baleião e Baleinha. O sucesso foi imediato e a iniciativa foi premiada com o Marketing Best de 2007. “Estrategicamente, os mascotes têm uma import”ncia muito grande. Sempre tivemos a preocupação de criar um vínculo com as crianças e jovens, pois esse público precisa ser alimentado com o Santos. Tivemos algumas gerações que não tiveram informações de apelo, ficaram distantes, e acabaram não se tornando nossos torcedores. Agora essa geração recebe esse estímulo com os nossos mascotes”, afirma Alex Fernandes, coordenador de marketing do Santos. Com a captação de novos torcedores, o clube paulista já possui uma vasta linha de produtos, que vai de brinquedos a peças de vestuário, e planeja vôos maiores, como a criação de novos personagens e o desenvolvimento de histórias em quadrinhos ou até mesmo desenhos animados. Mesmo caminho segue o Vitória, clube que voltará a disputar a Série A do Campeonato Brasileiro neste ano. De olho no apelo da estratégia, os baianos já trabalham no desenvolvimento de uma nova fantasia para seu mascote, que fará apresentações nos jogos disputados na Bahia. “Nós usamos os mascotes principalmente em produtos licenciados focados no público infantil. Dessa forma, contamos com mais de 40 produtos, como chinelos, roupas, chaveiros, bonecos de vinil, e trabalhamos para lançar um mascote de pelúcia após o carnaval. Queremos criar uma identidade com a torcida do futuro”, diz Eric Bastos, assistente de marketing do Vitória. Sem desprezar o público jovem, o Atlético Mineiro conseguiu incluir o seu mascote em um outro nicho de mercado. De olho nos torcedores mais fanáticos, o personagem Galo também pode ser contratado para animar aniversários ou mesmo casamentos. “Temos muitos pedidos, em média três por semana. Com isso, mostramos que o nosso foco é interagir com a torcida inteira, pois o Galo é a figura que representa de uma forma institucional o clube”, explica Álvaro Cotta, diretor de marketing do Atlético.

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