Mkt esportivo pode ser escape da crise

Grande estrela do segundo painel do 3º ABA Esportes, que acontece até está terça-feira, o publicitário Washington Olivetto fugiu do discurso comum, e apresentou uma visão diferente da crise financeira mundial. No momento em que o marketing esportivo sofre perdas importantes em todo o mundo devido à instabilidade, o especialista entende que, ao mesmo tempo em que pode ser um item supérfluo, o setor tem condições de transformar-se no diferencial das empresas. ?O fato de eu não estar com vocês tem a ver com essa crise. A nossa atividade, que tem de passar por uma adequação de linguagem neste momento, pode ser o primeiro item a ser cortado ou pode ser a solução. Grandes fortunas foram construídas em situações como essa, e nós temos um know how impressionante?, disse o publicitário, que não pôde comparecer ao evento por compromissos profissionais e gravou um depoimento em vídeo. O pensamento, que é acompanhado por outros especialistas do setor, tem a ver com a ligação afetiva do consumidor com o esporte. Sem nenhum caráter pejorativo, modalidades que movimentam grandes massas, como o futebol, podem salvar grandes empresas no momento em que a instabilidade financeira chega próximo ao seu ápice. ?O esporte pode ajudar de duas formas, como negócio e, querendo ou não, levantando o astral da população. Sem o lado negativo, o esporte pode ajudar na coisa do pão e circo?, disse Olivetto. A declaração do publicitário, que foi acompanhada de diversos vídeos relacionados ao esporte produzidos recentemente, ganhou repercussão na mesa, que ainda contou com a presença de Jorginho, auxiliar técnico da seleção brasileira de futebol e criador do projeto social Bola Pra Frente, que atende crianças em uma comunidade carente do Rio de Janeiro. ?O que me chamou a atenção foi a capacidade de levantar o astral. Às vezes, nos nossos seminários internos, nós reconhecemos que somos o elo mais fraco da corrente. O anunciante e o veículo vivem sem a agência, mas não sem as idéias. As três pontas tem de ser fortalecidas nesse processo?, disse Clóvis Speroni, presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade no Rio de Janeiro (ABAP-RJ).

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