Mosley deixará presidência da FIA

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, confirmou que deixará seu cargo no próximo ano. A decisão será anunciada oficialmente em junho, durante uma reunião extraordinária da Assembléia Geral da entidade. A afirmação do dirigente foi dada na edição do último domingo do jornal brit”nico ?The Daily Telegraph?. Segundo Mosley, porém, essa decisão não foi tomada por conta das pressões que ele vem sofrendo, após o tablóide ?News of the World? publicar matéria em que o presidente da FIA aparecia envolvido em uma orgia com prostituas e com temas nazistas. De acordo com o presidente, a sua idade foi o fator decisivo para o afastamento. No próximo ano, Max Mosley completará 69 anos de idade e 16 à frente da entidade máxima do automobilismo mundial. “Esta sempre foi a minha intenção. Não planejava passar desse ano. Só não tinha dito isso antes porque, no dia em que você diz que vai parar, perde a influência”, afirmou Mosley. Praticamente un”nime na direção da FIA, Mosley perdeu muito do seu prestígio após o esc”ndalo divulgado pelo tablóide inglês. Apesar de o presidente defender o direito a sua privacidade, negar a utilização de um tema nazista na orgia e abrir processo contra o jornal, o caso abalou o automobilismo mundial, principalmente a Fórmula 1. Empresas como Volkswagen e Porsche desistiram da idéia de participar da Fórmula 1 depois do esc”ndalo sexual envolvendo Mosley. “Trezentos milhões de euros por ano. Isso é queimar dinheiro”, afirmou Ferdinand Piech, presidente da Volkswagen. “E depois do caso de Max Mosley com as mulheres, não seria muito agradável se envolver (na Fórmula 1) agora”, completou Wolfgand Porsche. Nas últimas semanas, pilotos e dirigentes divergem sobre a renúncia ou não de Mosley. O piloto Mark Webber e o presidente da Ferrari, Luca Di Montezemolo defendem a saída do dirigente, enquanto Jean Todt, ex-chefe da escuderia italiana, defende o presidente da FIA.

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