Mosley ganha indenização contra jornal

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) Max Mosley ganhou a batalha judicial contra o jornal “News of the World”. Nesta quinta-feira, a publicação foi obrigada a pagar uma indenização ao dirigente por danos morais. A Justiça determinou que o débito é de 60 mil libras (R$ 190 mil), mas, segundo o site ?Autosport?, o valor pode chegar a até 1 milhão de libras (R$ 3,1 milhões) devido a despesas adicionais e aos custos do processo. “O News of the World invadiu minha privacidade, inventou as manchetes mais ofensivas possíveis. Eu precisava de um julgamento forte para deixar absolutamente claro que a publicação estava errada. Espero que meu caso ajude a deter os jornais do Reino Unido. Que eles parem com esse tipo de jornalismo libidinoso e invasivo”, afirmou Mosley em comunicado à imprensa. Em março deste ano, o veículo publicou uma matéria acusando o dirigente de participar de uma orgia com cinco prostitutas, com direito à sadomasoquismo e temática nazista. A notícia teve repercussão mundial quase fez com que Mosley perdesse seu cargo na FIA. “O julgamento provou se tratar de uma mentira nazista, na qual o News of the World tentou se basear para se intrometer de maneira vergonhosa em minha vida privada”, completou Mosley. Em contrapartida, a decisão revoltou Colin Myler, editor do “News of the World”, que na saída do julgamento comentou que o tablóide apenas fez o papel de informar os leitores. “Nós acreditamos fervorosamente que nossos leitores merecem ser informados quando a confiança depositada em ocupantes de cargos públicos é violada”, falou o editor, que completou citando a liberdade de imprensa. “Infelizmente, nossa mídia fica menos livre depois de um julgamento baseado nas leis de privacidade provenientes da Europa, que nunca foram debatidas no Parlamento Brit”nico. O resultado é que nossa mídia está sendo estrangulada pelo sigilo e é por isso que o News of the World continuará compromissado com os direitos dos leitores”, completou Myler. Em junho, em uma votação secreta na Assembléia Geral da entidade, Mosley foi mantido no cargo de presidente da FIA. No entanto, o dirigente Mohammad Bin Sulayem, chefe da associação dos Emirados Árabes Unidos, admitiu que usou sua influência para conseguir votos pró-Mosley. A decisão gerou revolta por parte de muitos clubes e dirigentes ao redor do mundo. A Adac, maior associação automobilística da Alemanha e da Europa, rompeu relações com a federação, enquanto Bernie Ecclestone, autoridade máxima da F-1, se declarou a favor da derrubada de Mosley, apoiado por dirigentes da Honda, da Toyota, da McLaren e da BMW.

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