Estava tudo programado para que o Rio de Janeiro sediasse o maior Mundial de Judô da história. A menos de um mês da abertura da competição, porém, os organizadores do evento viram frustrados o sonho de superar seus antecessores em termos financeiros ao serem surpreendidos por um orçamento R$ 3 milhões inferior ao que tinha sido prometido. ?Em números, a competição continua a ser a maior da história. Em termos de infra-estrutura, contudo, não será possível realizar todo o que tínhamos em mente. Essa diferença vai fazer muita falta. Teremos que adequar a competição ao orçamento e não mais o contrário?, disse Mauricio Santos, diretor-executivo do comitê organizador, à Máquina do Esporte nesta terça-feira. A verba inicial prometida pela Prefeitura do Rio era de R$ 8 milhões: R$ 5 milhões garantidos, com a possibilidade de complementar o montante com mais R$ 3 milhões caso a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) não conseguisse fechar com outros investidores. Segundo o jornal ?Folha de S.Paulo?, o prefeito Cesar Maia afirmou estar cumprindo o termo assinado durante os Jogos Pan-Americanos. À época, o político inclusive destacou que a realização o Mundial no Rio de Janeiro era o primeiro legado deixado pelo evento esportivo das Américas. Santos, que também é responsável pelo marketing da CBJ, contesta. Diz que soube da baixa no valor pago pelo poder público municipal há uma semana. Faltando 23 dias para a competição, o dirigente revela que parte dos itens que constam no caderno de encargos deverá ser revista. Nem o principal diferencial da candidatura carioca para receber o evento está assegurado: bancar a viagem de dois representantes de cada delegação ao Rio de Janeiro. À época da definição do Rio como sede do campeonato, a Federação Internacional de Judô (FIJ) agradeceu a iniciativa publicamente em seu site oficial. ?Fomos surpreendidos também pela valorização repentina do dólar. Está difícil fazer tudo o que tínhamos programado sem esse dinheiro, mas vamos fazer o possível para assegurar a manutenção dos itens principais?, lamentou Santos. O corte no orçamento também afetou a produção do evento na Arena Multiuso e obrigou o comitê a renegociar com todos os fornecedores. O que não irá sofrer nenhuma alteração, de acordo com o dirigente, é a transmissão do Mundial pela TV. ?O Sportv, na televisão fechada, promete uma cobertura massiva, com transmissões durante todo o dia. A Globo também vai fazer um grande show. Nesse aspecto, tudo continua como antes?, concluiu o representante da CBJ.
Mundial de Judô tem baixa no orçamento
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