Mundial insere Brasil na elite do judô

Três campeões mundiais, um medalhista de bronze e o segundo lugar no quadro geral de medalhas. Esse foi o saldo brasileiro no Mundial de Judô, encerrado no último domingo, no Rio de Janeiro. A competição representou um marco para a modalidade no país e inseriu, definitivamente, os atletas brasileiros na elite do esporte habitualmente dominado pelos orientais. “O Mundial foi um divisor de águas para o judô brasileiro. Não só em termos de resultados, mas também pela competência da CBJ [Confederação Brasileira de Judô] na gestão e organização do evento”, afirma Mauricio Santos, diretor-executivo do comitê organizador. O legado, segundo o dirigente, vai além dos tatames. O surgimento de novos ídolos e a consolidação de trajetórias consagradas, como a de João Derly, que conquistou o bicampeonato no Rio, deve provocar um aumento significativo no interesse pela prática do judô. Luciano Côrrea e Tiago Camilo, eleito o melhor atleta do Mundial, foram os outros dois judocas que chegaram ao lugar mais alto do pódio na competição. João Gabriel Schlittler ficou com a medalha de bronze. “Os resultados expressivos vão ajudar a fidelizar a modalidade, além de colocar o judô definitivamente no rol dos esportes mais vitoriosos do país. Agora, com a visibilidade alcançada com o Mundial, queremos transformar o judô em uma ilha de excelência para o esporte brasileiro”, avalia Santos. Menos de 24 horas após o final da competição, já é possível sentir o impacto das conquistas. De acordo com Santos, é grande o número de investidores que, motivados pelo sucesso dos brasileiros, procuraram a entidade para discutir futuros contratos de patrocínio. Nomes e valores, porém, não foram revelados pelo dirigente. “Várias empresas já demonstraram interesse em associar sua imagem ao judô nacional. Algumas negociações já eram antigas. Outras, porém, começaram a aparecer como conseqüência das vitórias no Mundial. Nossas cotas já estão no mercado. A meta, a partir de agora, é conseguir recursos e parcerias para manter o mesmo nível até Pequim”, destaca o também responsável pelo departamento de marketing da CBJ.

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