O prêmio de melhor jogador de 2008 concedido pela Fifa a Cristiano Ronaldo nesta segunda-feira, em Zurique, na Suíça, não ratifica apenas o bom desempenho do português dentro dos gramados durante a temporada passada. Com o troféu, o novo dono da bola consolida sua posição no mercado e disputa com David Beckham, Kaká e Ronaldinho o topo das listas dos mais bem pagos do mundo. Contratado pelo Manchester United até 2012, o atacante ganha cerca de US$ 249 mil semanais de salários. Segundo a revista ?France Football?, que também lhe concedeu a ?Bola de Ouro? de 2008, seu faturamento anual, incluindo ganhos publicitários, gira em torno de US$ 24 milhões. Atualmente, Cristiano Ronaldo conta com seis patrocinadores pessoais: Nike, Pepe Jeans, Suzuki, Vodafone, Coca-Cola e Banco Espírito Santo, que, em plena revisão de seus acordos devido à crise global. anunciou nesta segunda-feira a renovação da parceria com o jogador até 2010. Apenas o contrato com a fabricante esportiva rende US$ 15 milhões ao jogador. “Um prêmio como esse aumenta a projeção do atleta em termos de mídia e tende a transformá-lo ainda mais em um bom produto. Ele [Cristiano Ronaldo] se adequa a todas as vertentes que fazem de um esportista em astro: é bom jogador e, apesar do acidente da semana passada, tem bom comportamento. Além disso, tem alcance global. Perto das receitas que ele gera, podemos dizer até que ele ganha pouco?, afirma Amir Somoggi, diretor de novos negócios da Casual Auditores Independentes. O especialista lembra o caso de Kaká, que vivia alijado do topo dos rankings de faturamento antes do prêmio. De acordo com a revista ?France Football?, Kaká saiu da nona posição em 2007 para a liderança entre os atletas que mais faturam no futebol no ano seguinte. “Todo mundo dizia que ele ganhava pouco. Após a consagração, o Kaká saiu do ostracismo nos rankings e passou a ocupar lugar de destaque no seleto grupo dos que ganham mais”, completa Somoggi. O quadro, no entanto, é diferente para Maurício Fragata, sócio-diretor da Fragata Marketing Esportivo. Segundo ele, Kaká, apesar de sua condição de ídolo, tinha a desvantagem de ser sul-americano e, por isso, menor penetração no mercado. ?O Cristiano Ronaldo só vai ter sua posição consolidada, o prêmio não deve fazer muita diferença para a imagem dele. Ele não despontou agora para o mercado. Há tempos ele é destacado nesse setor, portanto, acredito que a setença da Fifa não terá um grande impacto nas finanças dele. Mas é claro que irá consagrá-lo dentro de campo?, avalia Fragata. Na premiação, Cristiano Ronaldo superou Lionel Messi e Xavi Hernández, do Barcelona; Kaká, do Milan, e Fernando Torres, do Liverpool, e se tornou o segundo português a receber tal honraria, já que Luis Figo foi laureado em 2001.
No topo, C. Ronaldo “fixa” marketing
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