Um dia após a Pirelli anunciar oficialmente que deixará de patrocinar o Palmeiras no fim do ano, o clube paulista mostra que não ficará com a sua camisa em branco na próxima temporada. Os dirigentes palmeirenses afirmam que já trabalhavam com a hipótese de perder seu parceiro e, por isso, já existem conversas para um novo acordo. Segundo Rogério Dezembro, diretor de marketing responsável pela área de patrocínios, a Pirelli não estaria disposta a pagar o valor pedido para a renovação do contrato, entre outros motivos. ?Tínhamos um contrato até o fim do ano com a Pirelli e, em função disso, já vínhamos conversando com outras empresas. Com isso, colocamos para a Pirelli a nossa realidade e o que imaginávamos, não só de investimento, mas também de envolvimento para o próximo ano. Eles tinham prioridade, mas no fim achamos por bem que o melhor seria pela não continuidade do acordo?, afirma Dezembro. Mesmo sem confirmar o valor exato pretendido pelo clube com o seu patrocínio, o diretor de marketing do Palmeiras diz que o objetivo é fechar um acordo superior aos R$ 10 milhões anuais, número mais próximo dos contratos entre São Paulo-LG (R$ 16 mi/ano) e Corinthians-Samsung (R$ 13 mi/ano). ?Geramos um retorno de mídia de mais de R$ 300 milhões, então não tem porque a gente querer mais ou menos do que o clube gera. O meu balizador não é apenas o que os outros clubes ganham, mas sim aquilo que nós geramos de retorno. Um clube que fica oito anos com um patrocinador e sete com outro não dá retorno ruim?, disse o dirigente, relembrando também do acordo com a Parmalat (92 a 2000). Segundo a pesquisa Target Sports de 2006, mesmo sete anos após deixar o esporte, a Parmalat tem um recall de marca de quase 15% da população paulistana. Da mesma forma, a Pirelli está entre as cinco empresas mais lembradas pelo paulistano quando se fala em patrocínio esportivo. Assim como não confirma valores, Dezembro também não diz o nome das empresas que o clube negocia, apesar de confirmar as conversas. ?Nós estamos conversando com duas empresas, no estágio de discutir valores. Uma é multinacional e a outra é brasileira?, revela o diretor de marketing palmeirense. O discurso em torno do substituto da Pirelli, aliás, é semelhante ao praticado no início do ano, quando a nova diretoria assumiu o clube, em relação a um patrocínio na manga da camisa. Apesar de dizer que estava próximo de um acordo, o Palmeiras não oficializou um negócio até o momento. Dezembro, porém, diz que os valores não agradaram. ?A gente teve três propostas firmes para a manga, mas nós não consideramos os valores adequados. Com dois logotipos em 15 anos, eu não ia abrir a manga por qualquer valor e ainda criar problemas para o meu patrocinador principal. Isso iria desvalorizar a nossa marca?, completa o dirigente.
Palmeiras fala em proposta de R$ 10 mi
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