“Só o nome não basta”. Esse é o lema defendido por José Trajano, diretor de programação e jornalismo da ESPN Brasil. A emissora é a única que não contratará ex-atletas para atuarem apenas no comentário dos Jogos Pan-Americanos. “Não adianta trazer por trazer. Apesar de todo o apelo, o sujeito pode ter sido um grande atleta, mas com o microfone na mão não conseguir desempenhar um bom papel, não corresponder. Só o nome não basta. Ele precisa conseguir passar as informações em uma linguagem acessível”, diz Trajano. A emissora tem como tradição apostar em alguns nomes do cenário esportivo e, com o tempo, trabalhá-los para se tornarem grandes comentaristas. Foi assim como Casagrande, ex-jogador de futebol e hoje principal comentarista da Globo. Em 1995, ele foi lançado pela emissora, que havia começado a funcionar no Brasil. Para Trajano, porém, não existe a certeza de que o ex-atleta, nessa nova função, vá ter um desempenho dentro do esperado. “Muitas vezes o que você espera dele não acontece. Alguns vão se dar bem, mas alguns não vão. Muitos não têm tarimba para a coisa e falta experiência, mas eu acredito que alguns até podem surpreender”, completa. Hoje, em seu casting, a emissora tem nomes como o de Wlamir Marques, um dos maiores jogadores de basquete da história do Brasil e principal comentarista da modalidade. Outra estrela da programação é Ana Mozer, ex-atleta da seleção feminina de vôlei.
Para ESPN, “nome” não basta
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