Patrocinadores da Uefa Champions League, Heineken e Adidas são algumas das marcas presentes no Hive Champions, o game não-oficial da competição que acaba de ganhar uma versão brasileira, criada pela produtora Hive. Sem usar nenhuma marca, a ferramenta oferece uma alternativa local ao jogo da própria entidade européia. A legalidade do Hive Champions passa pela estratégia da Fantasy League, tradicional empresa de entretenimento brit”nica que está no ramo há dez anos com modelos de games para várias competições e modalidades. Para poder atuar, a criação utiliza apenas informações de domínio público em seus programas. ?Nessa categoria de jogos o diferencial é a possibilidade de utilização das marcas oficiais. O Fantasy só usa informações de domínio público. Eu posso fazer um jogo do tipo para rivalizar com o Cartola F.C. [game da Globo para o Campeonato Brasileiro]. Só não posso usar os escudos dos clubes e outros logos?, disse Felipe Barreto, gerente de novos negócios da Hive. O outro entrave que se apresenta, à margem do primeiro, é a relação das empresas com a Uefa. Dona de um produto semelhante ao Hive Champions, a entidade rivalizaria com um material que tem apoio de suas próprias parceiras. Para Barreto, a questão varia de acordo com o contrato das marcas, que avaliaram suas possibilidades jurídicas antes de fechar o acordo no Brasil. ?Eu estou trabalhando o público local. O jogo da Uefa não tem uma comunicação com o consumidor de cada país. A premiação, por exemplo, não é aberta a todo mundo. Agora, essa preocupação é do próprio patrocinador, e todos os contratos passaram pelo departamento jurídico das empresas, que devem ter pensado nisso?, disse o executivo. Um indício de que a relação com a Hive não é problemática é o próprio site do jogo da Uefa, que apresenta apenas a marca PlayStation, da Sony, como patrocinadora. No Brasil, Gillette, que é patrocinadora-master, Oi, Lance! e Jontex também estão no projeto, que se preocupa, inclusive, com a periodicidade da disputa. Por tratar de um campeonato irregular, que não conta com jogos em todas as semanas, a Fantasy League criou um artifício dentro do jogo que permite uma extensão da relação com o consumidor. Além de poder contratar e gerenciar sua equipe baseado na Champions League, o interessado também acompanhará um grupo de atletas nas competições domésticas, criando, assim, uma movimentação semanal contínua no programa. A extensão dessa parceria, que pode englobar outros esportes, como a Fórmula 1, vai depender dos resultados do primeiro projeto. ?Comercialmente foi um sucesso, os patrocinadores estão satisfeitos com os primeiros resultados. Temos o interesse, mas isso ainda tem de ser estudado?, concluiu Barreto.
Parceiros da Uefa lançam game no Brasil
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