Paris protestará durante trajeto da tocha

As polêmicas em relação aos Jogos Olímpicos parecem não acabar mais. Desta vez, foi a vez do prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, que prometeu protestar contra a China na passagem da tocha pela cidade. Segundo ele, uma faixa gigante em frente à prefeitura da cidade criticará a violação dos direitos humanos. “A prefeitura terá uma faixa com o dizer: “Paris defende os direitos humanos em qualquer lugar do mundo”. Saúdo todos os povos que têm o mesmo direito à dignidade, em particular ao povo tibetano”, explicou o prefeito da cidade, que receberá a tocha na próxima segunda-feira. Além do prefeito e dos possíveis ativistas, a associação ?Repórteres Sem Fronteiras? também deve ser outro empecilho na passagem do símbolo de abertura dos Jogos. O secretário geral da entidade, Robert Menard, participou de um evento nesta quarta-feira trajando uma camiseta com cinco algemas nos lugares dos cinco anéis olímpicos. “Cada volta que a tocha atravessar uma cidade, nós estaremos lá para não deixar que se esqueça a realidade do Tibete, para que não se esqueça a realidade da China”, disse Menard. Segundo o itinerário de passagem divulgado pelo Comitê Organizador dos Jogos, a tocha deixará o primeiro andar da Torre Eiffel às 12h35 da próxima segunda-feira. De lá, o fogo deve seguir para o Estádio Charletty. Essa não é a primeira vez que a França divulga protestos contra a China. Recentemente, o presidente do país, Nicolas Sarkozy, veio à público dizer que não descarta a retirada de sua delegação da cerimônia de abertura dos Jogos. Em contrapartida, Austrália, EUA e Alemanha são alguns dos países que reiteram presença nas competições, uma vez que, segundo eles, boicotar as Olimpíadas puniria o atleta e não mudaria nada na situação do Tibete. Outros que se preocupam com os possíveis protestos são os anunciantes. A Volkswagen, a Adidas e a Lenovo são algumas das empresas que manifestaram receio com a possível ligação entre suas marcas e as manifestações. Apesar disso, nenhuma delas considera a possibilidade de retirar o patrocínio. No início da semana passada, a cerimônia de inauguração da tocha olímpica ficou marcada por ativistas que protestaram em pleno palanque contra as possíveis violações aos direitos humanos cometidos pela China em relação ao Tibete.

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