Ao contrário do que aconteceu no início da temporada, quando ameaçou romper o contrato caso não obtivesse um aumento nos seus vencimentos, o Flamengo tem tratado a questão do patrocínio de sua camisa com mais cautela para 2009. Apesar do atraso no pagamento de R$ 8,1 milhões por parte da Petrobras, a diretoria afirma que não há crise, mas ressalta que as providências tomadas em relação ao débito e as conseqüências da ?inadimplência? para a manutenção da parceria serão tratadas apenas internamente, assim como a intenção de adicionar cerca de R$ 4 milhões no contrato a ser firmado para o ano que vem. ?O que eu posso dizer é que não há nenhuma possibilidade de que o acordo vigente seja quebrado antes do fim do ano. Haja o que houver, o Flamengo irá cumpri-lo à risca. Sobre renovação e possíveis novos patrocinadores, porém, só quem irá se pronunciar é a presidência. Nós já combinamos isso?, afirma Ricardo Hinrichsen, vice-presidente de marketing do time da Gávea. A calmaria contradiz a lista de argumentos da Petrobras para justificar o atraso nas parcelas. Por meio de sua gerência de imprensa, a estatal diz que várias prerrogativas para o pagamento não foram cumpridas pelo clube. Entre elas está a quitação de uma multa de R$ 1,6 milhão (10% do total do contrato de patrocínio), aplicada após a equipe de ginástica artística ter usado uniformes sem o logo da empresa durante o Campeonato Brasileiro da modalidade, disputado em maio, na cidade de Maceió. Além disso, o Flamengo foi notificado várias vezes pela patrocinadora, sem penalizações. A comemoração de Léo Moura no jogo contra o Náutico, quando o jogador levantou a camisa e escondeu a logomarca da Petrobras, é um exemplo. Antes disso, a Petrobras já havia advertido o clube quando, no lançamento do novo uniforme, a aplicação da marca estava errada. Em outro episódio listado pela Petrobras, o jogador Souza vestiu a camisa do avesso e impediu a visualização do logo na comemoração do título do Campeonato Carioca de 2008. Segundo a empresa, o clube ainda deve explicações em relação à utilização do uniforme de viagem sem a logomarca do patrocinador na ida a Curitiba. ?O pagamento será regularizado, deduzindo-se o valor da multa, assim que todas as situações de descumprimento das contrapartidas forem regularizadas, e todos os documentos de regularidade fiscal forem apresentados pelo Flamengo, inclusive a Certidão Negativa de Débito da Secretaria Municipal de Fazenda, que o clube comprometeu-se a apresentar num prazo de seis meses, vencido em setembro?, revela a Petrobras. No entanto, o advogado Pedro Trengrouse, assessor da presidência do Flamengo, afirma que a pendência que o clube tem é referente ao ISS, imposto municipal que está sendo discutido na Justiça para o futebol. ?A Petrobras está preocupada com impostos nacionais e esses estão equacionados desde a Timemania. Eu desconheço qualquer crise relacionada ao nosso patrocinador. Vamos resolver tudo o que precisa ser resolvido, sempre foi assim. Já passamos por momentos mais difíceis nesses 24 anos de contrato”, conclui Trengrouse.
Patrocínio vira tabu no Flamengo
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