Pesquisa mostra “legado” do Pan

Uma das maiores justificativas do governo e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para o estouro no orçamento dos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro foi o legado que a competição deixaria para o país após sua realização. Quase um ano após o evento, uma pesquisa feita no Rio e em São Paulo mostra que as duas maiores cidades brasileiras aprovaram o Pan. A Máquina do Esporte obteve com exclusividade acesso à Sport Track, pesquisa realizada pela empresa Enter Track em dezembro do ano passado com 4 mil pessoas nas duas capitais. Os números mostram que 94% dos entrevistados consideraram que o Pan de 2007 foi bom para a cidade do Rio de Janeiro. Os paulistanos deram nota 8 à organização do evento, enquanto os moradores do Rio acharam que a nota deveria ser 8,5. Além de medir o grau de satisfação do consumidor com o Pan, a pesquisa questionou ainda a lembrança das marcas que estiveram associadas ao evento. Nesse quesito, segundo a Sport Track, 65% dos moradores de São Paulo lembraram de ao menos uma empresa, enquanto o Rio teve 52% de lembrança. Caixa Econômica Federal, Olympikus e Petrobras, três patrocinadoras do evento, foram as marcas mais lembradas pelas pessoas, sendo que, das dez primeiras empresas lembradas, seis estavam entre patrocinadoras do Pan no Rio e cinco em São Paulo. Os números se explicam, em parte, pela forma como o torcedor acompanhou o Pan durante a sua realização. A televisão foi o meio mais utilizado pelas pessoas para assistir ao evento, sendo que a Rede Globo foi o canal preferido para 87% dos paulistanos e 91% dos moradores do Rio. Como os seis principais patrocinadores do Pan tinham também cota de anúncio dentro da programação da Globo, suas marcas acabaram ficando ainda mais presentes na mente do consumidor. Segundo Rafael Plastina, idealizador da Sport Track, os resultados mostram que o torcedor está cada vez mais exigente com relação ao evento esportivo. A Sport Track é uma pesquisa realizada todo ano com o objetivo de mapear as relações dentro da indústria do esporte no Brasil, gerando informações técnicas e estatísticas para auxiliar a tomada de decisões do investimento no esporte. Nos próximos dias a Máquina do Esporte trará uma série de reportagens com o resultado da segunda edição da pesquisa, que tem margem de erro de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

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