Política olímpica antifumo tem resistência

A nova legislação antifumo de Pequim entrará em vigor no dia 1° de maio. Impulsionada principalmente pelos Jogos Olímpicos, a lei começa a encontrar resistência de diversos setores da economia local, segundo informa o jornal ?Beijing Morning Post?. O principal problema das autoridades está nos bares e restaurantes. Apesar de alguns tradicionais, como o Meizhou Dongpo, que inclusive destaca ser uma ?floresta no meio da cidade?, pela qualidade do ar, a grande maioria se nega a proibir o fumo dentro de seus estabelecimentos. Para buscar o apoio dos restaurantes, as autoridades enviaram uma solicitação aos cerca de 30 mil estabelecimentos, ?sugerindo? que o fumo fosse banido, medida que não surtiu o efeito desejado. Em contrapartida, os chineses, que possuem uma das maiores mortalidades médias causadas pelo cigarro de todo o mundo, já conseguiram proibir o fumo em praças esportivas, ginásios, museus e cinemas. A expectativa das autoridades locais é que, com o início da nova lei, o cigarro seja cada vez mais raro em áreas públicas. O motivo é a salgada multa de 5 mil yuans (R$ 1,5 mil) que poderá ser aplicada no ato aos infratores. Desde a sua candidatura para sediar os Jogos Olímpicos de 2008, Pequim tinha como uma das suas principais bandeiras a possibilidade de fazer um evento verde. Para isso, a capital chinesa teria que diminuir drasticamente os seus níveis de poluição e também criar leis para coibir o fumo.

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