PPV terá nova divisão entre clubes

Os clubes filiados ao Clube dos 13 aceitaram na tarde desta quinta-feira proposta para divisão da receita do pay-per-view do Campeonato Brasileiro da Série A para o triênio 2009-2011. Pela primeira vez o dinheiro será dividido em diferentes proporções entre os times, modificando o critério de partilha da receita. Em reunião que contou com a presença de todos os times filiados ao C13, inclusive os até então dissidentes Flamengo, São Paulo e Corinthians, ficou decidido que pela primeira vez a quantia será paga proporcionalmente ao número de pacotes vendidos de cada clube. A divisão por volume de negócios fechados era um desejo dos clubes desde 2003, mas sempre rejeitado pela Globosat, detentora dos direitos de comercialização do PPV, que alegava inviabilidade técnica para fazer a venda por clubes. Pela nova proposta, a comercialização continuará a ser coletiva, mas uma pesquisa com os assinantes será feita para medir o tamanho de cada clube no bolo. Esses valores proporcionais, porém, serão aplicados apenas para a receita fixa do PPV. A proposta, já aprovada pelos clubes, é de um mínimo garantido de R$ 110 milhões, R$ 125 milhões e R$ 135 milhões, referentes aos anos de 2009, 2010 e 2011, respectivamente. A receita adicional do PPV, que será obtida conforme a venda de pacotes, será distribuída conforme a colocação das equipes no campeonato. O projeto teve aprovação da maioria, mas a din”mica do processo não agradou a todos os clubes . ?Queríamos que a pesquisa fosse feita antes de assinarmos o acordo. O Atlético apresentou a proposta para definir a pesquisa antes da assinatura, mas foi voto vencido. Agora, os clubes aceitaram a pesquisa sem saber como ela será realizada?, afirmou Mauro Holzmann, diretor de marketing do Atlético Paranaense. Ainda não existe um projeto para a aferição. Só se sabe que ela será conduzida pela Globosat em conjunto com um instituto de pesquisa. Outra proposta rejeitada no C13 foi aquela em que o Corinthians pedia que a premiação extra (feita por desempenho) tivesse um teto de R$ 30 milhões. Assim, se a arrecadação fora do montante fixo ultrapassasse a marca, somente esse valor seria distribuído de acordo com a colocação dos clubes no Brasileiro, sendo o restante repartido também pelo número de assinantes de cada clube. A idéia foi rejeitada pela maioria. Como foi antecipado pela Máquina do Esporte, o Flamengo, apesar de comparecer e participar das discussões, ainda não assinou o contrato de TV fechada e aberta com a Globosat, o que deve acontecer assim que o departamento jurídico do clube terminar de analisar o documento.

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