Ameaçado por um levante comandado pelo brasileiro Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), o dominicano Jaime Casanova, mandatário da União Pan-American de Judô (UPJ), admitiu as tratativas por uma entidade paralela. Em entrevista ao ?UOL Esporte?, o dirigente lamentou a possibilidade, e adiantou que conta com a ajuda do Comitê Olímpico Internacional (COI) para evitar o ?golpe?. ?A única entidade reconhecida nas Américas é a nossa, mas não posso fazer nada para impedir essa reunião. Existe, sim, o perigo de deixarmos de existir. É uma atitude golpista, que está sendo arquitetada desde o ano passado?, disse Casanova. O principal questionamento dos dissidentes é a forma como foi realizada a última eleição da entidade pan-americana. De acordo com Paulo Wanderley, o pleito que reelegeu o dirigente dominicano teria sido irregular, já que, previsto para dezembro, aconteceu em outubro. ?Ele não pode dizer que não sabia. A reunião de 17 de outubro foi legal porque procedeu como prevê o estatuto. Agora, só podemos esperar que algo aconteça para tomarmos uma atitude. Já denunciamos o que está acontecendo ao COI, durante um congresso da Federação Internacional de Judô [FIJ]. Existe a chance de apelarmos ao Tribunal Arbitral do Esporte, mas isso eu só posso comentar quando algo acontecer?, concluiu Casanova.
Presidente da UPJ replica golpe do judô
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