Racionalidade marca ano do Cruzeiro

No ano passado, o Cruzeiro enfrentou um problema: passou boa parte da temporada sem um patrocinador, considerada a terceira principal fonte de receita de um clube brasileiro. O que poderia resultar em um desnível nas finanças e, consequentemente, um endividamento, se tornou uma lição de responsabilidade fiscal, segundo Amir Somoggi, da Casual Auditores Independentes. ?O Cruzeiro teve uma grande queda de receita, mas vale como exemplo para o mercado brasileiro. Eles tiveram uma redução drástica nas receitas com patrocínios e vendas de jogadores e fizeram um corte radical nas despesas. Essa é a lógica de uma administração racional?, diz Somoggi. Porém, se o clube conseguiu diminuir seus gastos, já que tinha uma receita menor e conseguiu ter um pequeno superávit (R$ 369 mil), a manobra não foi estudada pelos gestores do Cruzeiro. Pelo menos não no departamento de marketing cruzeirense, como explica seu diretor, Antonio Claret. ?Esse assunto [gestão do clube] é com o presidente, mas no meu departamento especificamente não houve nenhuma restrição, muito pelo contrário?, explica o diretor de marketing do Cruzeiro. Se o Cruzeiro foi um exemplo, mesmo sem efetivamente ter cortado os gastos de todos os seus departamentos, como conta seu dirigente, o Atlético Paranaense se destaca também por sua regularidade no planejamento. ?A responsabilidade na gestão é louvável, e claro que o Atlético Paranaense também é um caso interessante. Eles mantêm uma administração focada na racionalidade dos números. É um clube que também teve uma queda de receita de 2005 para 2006, mas manteve um bom superávit?, completa o especialista da Casual Auditores Independentes. Em 2005, o Atlético-PR foi o único clube a não depender da venda de jogadores para terminar o ano sem déficit.

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