Rio apresenta candidatura para 2016

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) apresentou, nesta terça-feira, a primeira parte do projeto da candidatura do Rio de Janeiro para receber as Olimpíadas de 2016. O evento foi realizado no Museu de Arte Moderna da cidade. O COB tem até o final desta semana para enviar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) um relatório sobre a candidatura carioca. O presidente da entidade brasileira, Carlos Arthur Nuzman, utilizou a solenidade para anunciar o orçamento previsto para a campanha e para a construção de novas instalações. “A nossa campanha terá custo estimado de US$ 42 milhões (R$ 74,3 milhões) que serão financiados pelo próprio COB e pelos três níveis de governo [federal, estadual e municipal]. Com o tempo, também teremos parcerias privadas”, disse o dirigente durante o evento. Já as obras, de acordo com o COB, devem custar mais US$ 508 milhões (R$ 900 milhões), que entre outras instalações prevê uma nova reforma no Maracanã, que deve ser utilizado para a abertura e encerramento, caso os Jogos sejam no Brasil. Nuzman explicou que o projeto prevê a demolição do parque aquático Julio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros, que seriam construídos em outro ponto da cidade. Com isso, terá mais espaço para a ampliação do Maracanã. O dirigente disse ainda que a previsão é que os Jogos Olímpicos de 2016, caso aconteçam no Rio, sejam realizados entre os dias 5 e 21 de agosto. Para o presidente do COB, 56% das instalações necessárias já foram construídas, outros 20% do projeto serão realizados mesmo que a cidade não seja escolhida como sede. Se por um lado os gastos do COB para a reforma e construção de instalações para o Rio de Janeiro receber as Olimpíadas de 2016 não devem superar R$ 1 bilhão, o investimento de infra-estrutura viária na cidade será de US$ 2,6 bilhões (R$ 4,6 bilhões). Entre os projetos, estão obras já previstas para a cidade, como o corredor viário T5, que vai ligar os bairros da Barra da Tijuca à Penha, na Zona Norte da cidade. Além disso, serão construídos também outros novos corredores. “O nosso orçamento prevê gastos de US$ 890 milhões (R$ 1,57 bi) com a rede de metrô e três, além, de mais US$ 460 milhões (R$ 814,2 mi) na rede viária. A soma, só desses dois investimentos, é dá US$ 1,28 bilhão (R$ 2,38 bi)”, explica Carlos Roberto Osório, secretário-geral do COB. As Olimpíadas de Sydney, em 2000, tiveram custo total de US$ 2,2 bilhões (R$ 3,74 bi), contra US$ 8,4 bilhões (R$ 14,86 bi) da de Atenas em 2004. Para este ano, em Pequim, a previsão é que os gastos totais ultrapassem a casa dos US$ 34 bilhões (R$ 57,8 bi). Enquanto isso, os Jogos Pan-Americanos de 2007, custaram R$ 3,8 bilhões.

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