Saída do Coritiba pode encerrar FutPar

O Coritiba anunciou, na última quinta-feira, que não faz mais parte da FutPar, a associação de clubes que cuida, entre outras coisas, da negociação dos direitos de televisão do Campeonato Paranaense. E esse ato, justificado necessidade de aproximação com a Federação Paranaense de Futebol, pode até provocar o fim da entidade de clubes. ?Vale ressaltar que tal ato em nenhum momento representa qualquer tipo de manifestação de rompimento de relacionamento com os membros da FutPar. A motivação está fundada, única e exclusivamente, no intuito de prestigiar e dedicar total e irrestrito apoio à Federação Paranaense de Futebol [FPF] e a atual gestão de Hélio Cury?, disse Jair Cirino dos Santos, presidente do Coritiba, em comunicado oficial. ?A saída pode acabar com a FutPar sim. Agora nós vamos ter de discutir uma série de assuntos, entre eles essa possibilidade. Teremos também um encontro com a RPC [Rede Paranaense de Comunicação, que retransmite a Globo para o Paraná] para discutir uma renegociação?, disse Joel Malucelli. Mesmo que a FutPar seja mantida, o encontro pode ser preponderante para o próprio Coritiba em relação ao próximo Estadual. Neste momento, a entidade pede uma reavaliação de valores para a emissora local, que terá de modificar o contrato de qualquer maneira para incluir o Atlético Paranaense (que ficou fora em 2008) e os dois que garantiram o acesso (Nacional e Operário ou Foz do Iguaçu, que disputam a vaga na Justiça). A possível modificação nos valores pode, ou não, beneficiar o Coritiba mesmo que ele esteja fora da associação. Existe a possibilidade de que os clubes exijam a saída do clube do Couto Pereira da partilha dos lucros. Neste caso, a negociação teria de ser feita separadamente. ?Eu, pessoalmente, acho que eles devem continuar recebendo de qualquer forma, mas essa é só uma opinião minha. Eles falaram dessa coisa de aproximação, mas nós já somos próximos da federação. Eu acho que tem a ver com a opinião deles sobre a negociação de direitos de televisão. Eles sempre acharam que isso não é papel dos clubes?, concluiu Malucelli.

Sair da versão mobile