Santos tem investigação no Conselho

Pouco menos de dois meses para a eleição que vai escolher o novo presidente do Santos, além de 150 membros do Conselho Deliberativo do clube, um grupo questiona a legalidade de 23 conselheiros efetivos, que têm cargo vitalícios. ?Fizemos uma investigação independente que durou quase dois anos. Fomos até o jornal ?A Tribuna? pesquisar os jornais de mais de 20 anos atrás para ler as atas das votações do Conselho. Só assim podemos saber se as efetivações foram corretas ou não?, afirmou Orlando Rollo, conselheiro santista que também é investigador de polícia na cidade, em entrevista à Máquina do Esporte. Rollo explica que até 2003 eram necessários cinco mandatos para que um conselheiro se torne efetivo. Depois, aconteceu uma mudança no estatuto que mudou para sete períodos o mínimo. Quem atingir o limite exigido fica em uma fila de espera até a morte ou desistência de um dos 150 efetivos. O grupo de conselheiros enviou um pedido de auditoria ao presidente do Conselho Deliberativo, Florival Amado Barletta, que inicialmente negou qualquer irregularidade. Porém, Rollo explicou que as fichas apresentadas a Barletta estão erradas. ?Pelo o que investigamos, tem conselheiro no cargo que não tem nem quatro mandados, o que pode tornar algumas das votações do Conselho inválidas, isso só vai depender do se elas estão ou não prescritas pelo Código Civil. O que sugerimos é uma auditoria independente?, contou Rollo. O conselheiro disse ainda que há quem defenda a imediata interferência do Ministério Público, mas ele entende que tudo pode ser resolvido internamente. Uma reunião para discutir o assunto está marcada para o início de novembro.

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