Sem COI, empresas “aparecem” na China

Mesmo sem estar oficialmente ligadas aos Jogos Olímpicos de Pequim, algumas empresas têm usado a criatividade para aproveitar o evento e elevar o seu potencial de consumo na China. Utilizando o ?marketing de emboscada? – estratégia que consiste em tirar proveito publicitário sem amparo contratual com os detentores do direito comerciais ? Pepsi, Nike, Nokia e Li Ning figuram em uma lista de empresas vinculadas aos Jogos mais lembradas pelos chineses, segundo pesquisa da Ipsos. Nenhuma delas, porém, tem contrato com o Comitê Olímpico Internacional (COI) ou com o Bocog, comitê organizador das Olimpíadas de Pequim. A Nike, por exemplo, apostou em parcerias com atletas do país, como o velocista Liu Xiang (foto), para atrelar sua imagem ao evento. A mesma estratégia foi utilizada pela fabricante Li Ning, que lançou diversas campanhas na televisão com ginastas e jogadores de basquete locais. A marca também patrocina a seleção de tênis de mesa dos Estados Unidos. Já a PespiCo trocou suas tradicionais latas azuis por vermelhas, a mesma cor da concorrente Coca-Cola, que pagou US$ 100 milhões (R$ 170,6 mi) para ser uma das parceiras oficiais do COI. O vermelho também simboliza a China. Com a ação, a marca de bebidas conseguiu 160 milhões de votos online de chineses para um concurso de fotos. As imagens vencedoras serão impressas em latas comemorativas que serão lançadas às vésperas dos Jogos. De acordo com a empresa de consultoria R3, de Pequim, três quartos dos consumidores chineses dizem que dariam preferências a produtos associados às Olimpíadas. As cotas globais de patrocínio do Jogos de Pequim pertencem a Coca-Cola, Lenovo, McDonald?s, Samsung, Visa, Atos Origin, Manulife, Panasonic, Kodak, Omega e Johnson & Johnson. Outras 11 empresas – incluindo Volkswagen, Adidas, Bank of Chinae Air China ? pagaram US$ 50 milhões (R$ 85,3 mi) pelo vínculo com o evento.

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