Depois de perder a briga pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, a Record resolveu investir nos esportes radicais e, de quebra, conseguiu uma vitória na longa briga que trava com a Rede Globo. A emissora do bispo Edir Macedo será a única da TV aberta com direito de transmitir o evento considerado as Olimpíadas dos esportes radicais: o X Games Brasil, que, pela primeira vez no país, valerá como etapa oficial e não mais classificatória. A vitória, no entanto, foi conseguida por pouco. A Rede Globo chegou a negociar com a ESPN, a criadora da competição, e só não assinou o acordo por querer mudar o nome do evento, que passaria a se chamar Pró Rad X Games Brasil, em alusão ao projeto de esportes radicais desenvolvido pela emissora carioca. Com a derrota, a Globo não poderá transmitir o evento ao vivo e poderá apenas fazer a cobertura jornalística, com matérias gravadas. A ESPN, em compensação, transmitirá 16 horas diárias de evento e contará com uma cobertura de 12 c”meras a mais que o planejamento inicial, totalizando 24. Além disso, fará uma transmissão especial pelo site da emissora, que terá quatro c”meras exclusivas. “Este será o evento da nossa vida, da vida da ESPN. Queremos fazer dele o melhor para poder dar continuidade. Que este não seja o primeiro e único”, disse José Trajano, diretor de programação da ESPN no Brasil. Pensando justamente em ser o melhor, a idealizadora do projeto criou uma espécie de “BBB X Games Brasil”, onde serão transmitidos os bastidores do evento, com vídeos de dentro dos vestiários e de toda a trajetória de um atleta até a hora da competição. Outra empresa que também apresentou novidades foi a Oi, que pela primeira vez patrocina um evento em São Paulo. A operadora transmitirá o evento pela internet e pela Oi Tv Móvel, que poderá ser acessada pelos celulares. Ao todo, o evento, que é o segundo maior dos X Games, só atrás do realizado em Los Angeles, nos Estados Unidos, e acontecerá no Anhembi, entre os dias 25 e 27 de abril, será transmitido para mais de 50 países, como um público total que gira em torno de 110 milhões de pessoas.
Sem futebol, Record investe nos X Games
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