A Nossa Liga de Basquetebol (NLB) surgiu em março de 2005 como uma solução para a modalidade no país. Cansados da atual situação e, principalmente, da forma com que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) conduzia o esporte, os ex-atletas Oscar Schimidt, Paula, Hortência e Janeth uniram forças nessa empreitada. Porém, após dois anos, a NLB parou. Sem dinheiro, a liga foi obrigada a fechar o escritório onde funcionava, em São Paulo, demitir todos os seus funcionários e encerrar contratos com prestadores de serviço. O orçamento mensal necessário para essas atividades era de R$ 6 mil. ?Era impossível administrar naquela situação. Contávamos com 40 clubes filiados e apenas sete pagavam a mensalidade de R$ 500 em dia. Não é possível manter a estrutura dessa forma. Tentamos reduzir a contribuição para R$ 100, que serviria para, pelo menos, manter o escritório, mas também não deu certo?, afirma Fernando Mauro, presidente da NLB. O dirigente, porém, ainda não confirma o fim da NLB, classificando a atual situação apenas como “stand by”. No entanto, Mauro conta que não existe forma de viabilizar uma competição sem dinheiro ou mesmo interesse dos clubes. A situação da NLB é tão constrangedora que o patrocínio fechado com a Wilson, em abril, para o fornecimento de bolas para a competição, não pôde ser cumprido. Pelo acordo, cada equipe receberia 20 bolas, que tiveram de ser devolvidas. ?É uma situação muito triste, ainda mais para quem se dedicou tanto ao projeto como eu. Foi a melhor coisa que já aconteceu no basquete brasileiro e está dessa maneira porque as pessoas pedem por revolução, mas querem as coisas de mão beijada?, lamenta Oscar Schmidt, um dos idealizadores da NLB. Para ex-jogador da seleção brasileira, faltou coragem aos clubes para prosseguir com aquilo que eles tanto pediram, já que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) é tão criticada. A NLB surgiu inicialmente com 30 clubes associados e tinha como objetivo principal profissionalizar o basquete no Brasil criando um modelo de gestão. A proposta era que as equipes disputassem campeonatos com regulamento, formato de disputa e tabela democraticamente definidos pelos próprios clubes, com divisão de receitas de contratos de televisão e patrocínio. No entanto, a CBB vetou a convocação de jogadores que atuavam por clubes das equipes ?rebeldes? para as seleções nacionais. O argumento da entidade era de que a Federação Internacional de Basquete (Fiba) não permite que jogadores que atuem em competições não reconhecidas representem o país em torneios oficiais.
Sem verba e “esvaziada”, NLB pára
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