Senado pensa em limite para cartolas

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal começou seus trabalhos ameaçando a longevidade dos dirigentes esportivos do país. Na primeira audiência pública do grupo, presidido por Cristovam Buarque (PDT-DF), o número de reeleições possíveis voltou à tona, e o desempenho do esporte nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 também foi questionado. Os políticos falaram, entre outras coisas, de uma delegação ?cabisbaixa? e uma ?crise de representatividade? do setor, que não teria nos atuais mandatários legítimos representantes da sociedade e dos esportistas. Uma das soluções apresentadas, que ainda tem de ser assinada pelos representantes da Comissão para ir à votação, é o projeto de lei que limitaria o número de reeleições possíveis para uma. ?A idéia partiu do senador Flávio Arns [PT-PR], e mandei para estatuto. Sempre fui favorável a só uma reeleição em entidades esportivas, sindicatos e também para o cargo de senador e deputado?, disse Cristovam Buarque, em entrevista à ?Folhapress?. ?Temos de modificar drasticamente a questão da representatividade. Poderíamos estabelecer, por exemplo que, para ter acesso a recursos públicos, as organizações deveriam limitar a reeleição de seus dirigentes a, no máximo, dois mandatos?, disse Flávio Arns. Ausente na cerimônia, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., enviou Herval Barros, diretor do Departamento de Excelencia Esportiva e Promoções de Eventos da pasta como representante. Na próxima audiência pública, que ainda não tem data marcada, o político do PC do B deve marcar presença, assim como Carlos Arthur Nuzman, presidente reeleito do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ambos previamente convidados. Recentemente, o ?UOL Esporte? mostrou, em reportagem especial, que os mandatos dos atuais presidentes de confederações brasileiras chegam a 21 anos, caso de Roberto Gesta, da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), e Yong Min Kim, da Confederação Brasileira de Takwondo.

Sair da versão mobile