Senado repete audiência da Câmara

A audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, realizada nesta terça-feira em Brasília, repetiu encontro de caráter semelhante, organizado pela Comissão de Turismo e Desporto da C”mara dos Deputados, semana passada, também na capital federal. Com a presença do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, como principal atração, a reunião foi marcada pela mesma apresentação questionável da última terça-feira. Os arquivos, disponibilizados em sua página oficial, comprovam a ?semelhança?, que só não é regra pelas diferenças gráficas dos dois projetos. Na prática, até os temas levantados pelos senadores estavam alinhados aos do último encontro. Questionado sobre o desempenho da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim, o COB reagiu da mesma forma. Apresentou os investimentos de Austrália, Grã-Bretanha, China e Alemanha e comparou com o aporte proveniente da lei Agnelo-Piva no Brasil, ?esquecendo-se? dos investimentos de estatais por meio de patrocínios, além de outros benefícios como Bolsa-Atleta, Lei do Incentivo e a organização do Pan de 2007. A resposta também foi semelhante. Mais uma vez, a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi levantada. Alberto Murray Neto, membro da Assembléia Geral do COB e da Corte Arbitral do Esporte em Lausanne, na Suíça, foi quem citou o tema. ?Tomara que a CPI diga que não tem nada de errado, mas quem não deve não teme?, disse o dirigente à ?Agência Senado?, baseando seu pedido nas contas do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontariam, segundo ele, superfaturamento de mais de 1000% das licitações. Tranqüilo, Nuzman mais uma vez citou os órgãos fiscalizadores do Governo Federal como garantias. ?O COB segue todas as determinações e nenhum órgão deste país é mais fiscalizado que ele. Se tiver algum erro é humano, e não de má fé?, disse o presidente da entidade. Na última terça-feira, durante encontro sobre a Copa do Mundo de 2014 na sede da Associação Comercial de São Paulo, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., também comentou sobre a possibilidade de uma CPI. De modo polido, preferiu não opinar sobre a relev”ncia da atitude, mas se colocou à disposição dos parlamentares. Atualizada às 18h08

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