Sondagem da Record não seduz C13

O jantar realizado na última terça-feira entre Clube dos 13 e Record não satisfez, pelo menos a princípio, a entidade. A sondagem inicial feita pela emissora paulista em torno dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro não agradaram os representantes dos clubes. ?Nós tivemos um jantar em que eles [Record] mostraram interesse na competição. Eles estariam dispostos a pagar R$ 500 milhões por todos os produtos, mas eu fiquei quieto. Eu não acho que essa proposta possa nos tocar muito, pois pretendo atingir um valor muito maior?, afirma Fábio Koff, presidente do C13. A decepção em torno dos números apresentados por Alexandre Raposo e Eduardo Zebini, presidente e diretor de esportes da Record, respectivamente, se deve ao fato de que o atual contrato com a Globo, que termina no fim do próximo ano, está avaliado em R$ 300 milhões. Porém esse primeiro contato entre as partes deverá se repetir ainda. Como a Máquina do Esporte antecipou na última segunda-feira, o grande plano da Record é mesmo apresentar uma proposta de R$ 1 bilhão por ano para ter a exclusividade em todas as plataformas do Campeonato Brasileiro. Para definir um valor exato a apresentar ao C13, a Record espera que a entidade defina um modelo para venda das propriedades e, o mais importante, quanto quer por isso, segundo Eduardo Zebini, diretor de esportes da emissora. ?Nós não sabemos quais propriedades estão à venda e o vendedor não tem claro quanto almeja ganhar. Estamos esperando essas definições. Nós explicamos quais são os nossos planos e como poderíamos ter rentabilidade com o produto. Então o Clube dos 13 assumiu o compromisso público de nos respeitar quando essas questões forem definidas?, explica Zebini. Apesar dos questionamentos da Record em relação à possível falta de um plano de vendas específico, o presidente do Clube dos 13 aponta que as novas tecnologias serão um forte argumento para que a entidade aumente os valores cobrados para a emissora que tiver interesse em transmitir o Brasileiro a partir de 2009. ?Nós não temos como prever o que vai acontecer no futuro, quais serão os avanços que teremos na telefonia e na internet. Então não dá pra negociar com tanta antecedência. Mesmo assim foi uma reunião boa do ponto de vista do interesse deles pelo produto?, diz o presidente do Clube dos 13.

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