Sorocaba “loteia” cotas por Copa Davis

Trazer de volta a Copa Davis ao interior de São Paulo era tão importante para a economia e o esporte de Sorocaba que a cidade teve de contar com apoio de multinacionais instaladas na região. Apesar de ainda não ter nada assinado, a Prefeitura e o Tênis Clube da cidade falam em seis patrocinadores, que ajudariam a organização a custear os R$ 3 milhões necessários para abrigar o evento. A última vez em que a competição internacional esteve no interior de São Paulo foi em 1997 (ano em que Gustavo Kuerten venceu Roland Garros pela primeira vez), quando Ribeirão Preto foi a sede. A intenção da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e de Sorocaba, então, era levar o torneio de volta à região para ali fomentar o esporte. O custo, porém, era um empecilho. Com o apoio institucional da Prefeitura da cidade, o Tênis Clube de Sorocaba negociou com seis empresas da região, cujos nomes devem ser revelados em 15 dias, o custeamento das obras de infra-estrutura, que envolverão transporte, segurança, alojamento e mais duas quadras de treinamento. “Conseguimos [ser sede] por meio de parceria com iniciativa privada, prefeitura e CBT. Isso foi fundamental. Aqui em Sorocaba tem muitas multinacionais. Nos próximos dias estaremos fechando o contrato mesmo, por enquanto estamos apenas apalavrados. São empresas que têm sede aqui”, disse Hélio Ferreira, um dos proprietários do Tênis Clube. Como a CBT já possui acordo com a Sportv para a transmissão das partidas e as cotas de patrocínio (cerca de R$ 500 mil de cada empresa) servem apenas para zerar os débitos de organização do evento, o lucro da cidade e dos organizadores será com a venda de ingressos e, no futuro, com projetos sociais. Depois do fim da competição, a Secretaria de Esportes de Sorocaba (Semes) promete usar a estrutura montada para implantar um projeto de fomentação do esporte na cidade. “As quadras ficarão para o município para a realização de um trabalho de massificação do tênis com cerca de 3 a 5 mil crianças. O projeto que está no papel é para avaliar cada garoto e encaminhar para os mais diferentes esportes. É um pólo de lucro social”, disse José Antônio Mattielo, responsável pela pasta.

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