A parceria firmada entre São Paulo e Warner Bros, apresentada oficialmente nesta quarta-feira, não significará apenas mais uma fonte de receita para o clube paulista. A intenção da empresa é iniciar um processo de mudança de conceito do mercado brasileiro de licenciamentos esportivos. ?A entrada da Warner nesse mercado vai acelerar o desenvolvimento dos licenciados no Brasil. Todo mundo vai ganhar, porque o mercado vai começar a se ativar e se segmentar melhor?, explica Salvador Viramontes, vice-presidente de licenciamentos da Warner Bros Consumer Products Brasil. O clube paulista ganhou de luvas R$ 2,9 milhões e ficará com 50% da receita dos produtos vendidos, como a Máquina do Esporte antecipou na última terça-feira. E para potencializar essas metas, a Warner desenvolverá com o São Paulo um trabalho específico para diferentes nichos do mercado. ?Na atualidade, muitos clubes só focam as ações naquele fã roxo e doente. Nós da Warner vamos focar na parte mais fanática da torcida, mas também vamos desenvolver outros segmentos, como as crianças e o público feminino. Isso vai trazer um crescimento para o mercado que, em longo prazo, deverá beneficiar a todos?, diz o executivo. Esse pensamento também é compartilhado por Julio Casares, diretor de marketing do São Paulo. Com ações para públicos distintos e o know-how da empresa, o dirigente espera que a atuação do clube no mercado de licenciamentos cresça. Nos últimos três anos, a receita média com produtos licenciados são-paulinos atingiu R$ 45 mil por mês. ?Nós ainda não podemos precisar quanto iremos ganhar, mas essa é uma parceria inédita e que irá afetar todo o mercado. Estamos muito contentes em sermos os primeiros a fechar um acordo deste tipo no país e acreditamos que a marca do São Paulo será ainda mais valorizada?, diz Casares. A meta é superar a atual marca de apenas 60 artigos licenciados. Para isso, o São Paulo não abrirá mão de ações em conjunto com os outros três grandes clubes do estado. Mesmo com a exclusividade da Warner nesta área para os mercados do Brasil e Japão, o clube manterá o diálogo com Corinthians, Palmeiras e Santos, que participam do G4. ?Nós continuamos no G4. Temos outros pontos que podemos discutir além dos licenciamentos, como o combate à pirataria, por exemplo. Enquanto tiver questões relevantes para o São Paulo, vamos continuar participando do G4?, completa Casares.
SP e Warner mudam conceito
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