Speedo espera crescer 40% e mira Cielo

Muito além de qualquer expectativa. É assim que a Speedo faz o primeiro balanço da ?participação? do maiô LZR – embalada pelas oito medalhas de ouro do norte-americano Michael Phelps – nos Jogos Olímpicos de Pequim. O sucesso na competição aumentou a projeção de faturamento para 2008 de 30% para 40%. Os números são impressionantes. A marca conquistou 89% de todas medalhas possíveis, ganhou 94% dos ouros em disputa e bateu 23 dos 25 recordes mundiais anotados durante as provas de natação. ?É impossível quantificar a mídia espont”nea que tivemos nessa fase olímpica. Em termos de exposição, nós já tínhamos uma idéia ousada de crescimento, mas ninguém esperava que fosse tanto. As conquistas aumentaram muito o valor e o apelo emocional em torno da marca?, afirmou Tagli Henrique Barsotti, supervisor de marketing da Speedo, após sua participação no Design Fórum Esportes, realizado nesta terça-feira, em São Paulo. No mercado nacional, a ambição da fabricante australiana deve contar com um importante aliado. A Speedo negocia com César Cielo desde antes das Olimpíadas. Com duas medalhas ? ouro e bronze ? no peito, o nadador se tornou um dos ?sonhos de consumo? da marca. ?Estamos conversando. O Cielo sempre usou muito a Speedo e agora tivemos a sorte de vê-lo ganhar vestindo o LZR. Seria muito bom formalizar essa parceria. A idéia de estar mais perto dele está amadurecendo, mas ainda não temos nada oficial?, disse Barsotti. Para o executivo, ídolos como Phelps e Cielo são fundamentais no processo de popularização da marca, principalmente porque os maiôs de alta performance, como o LZR, não têm demanda para cobrir o.montante investido em sua criação. ?Aqui no Brasil, o traje vai custar R$ 1,5 mil. A durabilidade é mínima: 10 a 15 provas. O investimento em tecnologia não teria retorno apenas com a venda das peças. Nossa visão de lucro está totalmente relacionada à exposição que nossos atletas trazem. É uma questão de inspiração?, explicou o supervisor de marketing, colocando o talento dos nadadores à frente das discussões ?tecnológicas?. ?A roupa não nada sozinha. As quebras de recordes não dependem apenas da marca, é preciso ter a união de vários fatores para que isso aconteça. Mas a gente, é claro, vai aproveitar essa visibilidade da melhor forma?, concluiu Barsotti durante o Design Fórum Esportes.

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