Sucesso, lojas do Pan ficam sem estoque

Demorou, mas finalmente os Jogos Pan-Americanos decolaram. Pelo menos no que diz respeito à venda de seus produtos oficiais. Com mais de metade do evento transcorrido, as lojas do Rio que vendem artigos relacionados ao Pan celebram o sucesso das vendas, mas por outro lado sofrem com a escassez de material. A Dufry, rede responsável por ser a ?loja oficial? do Pan, já calcula uma receita 20% maior com a venda de artigos relacionados à competição do que foi previsto antes do início do evento. No Barra Shopping, um dos principais centros de comércio do bairro da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, poucas lojas ainda vendem artigos do Pan, sendo que nem mesmo no estabelecimento oficial é possível encontrar todos os produtos lançados com a marca do evento. O boneco de pelúcia do mascote, o sol Cauê, já não é visto nas lojas, tendo sido o maior sucesso do Pan antes mesmo do início das competições. Já os uniformes usados pelos atletas só estão expostos nas vitrines, com raríssimas peças em estoque, mesmo custando R$ 400 em média. A ?queima? nos estoques começou principalmente na última semana do evento. Coincidência ou não, nesta mesma época as lojas oficiais começaram a dar um desconto de cerca de 30% para os artigos mais visados, como a camisa de passeio dos atletas, feita em algodão e antes vendida a R$ 200. Os motivos são os mais variados, na opinião de varejistas que se beneficiam com o Pan. ?Acho que o pessoal percebeu que a oportunidade é agora. Não haverá outro Pan, então tem de comprar para não ficar sem?, afirma a vendedora Luciana de Sousa, que trabalha numa loja no Barra Shopping. Segundo Sherlon Adley, gerente geral de vendas da Dufry, as promoções na reta final do Pan estão sendo feitas justamente por conta da alta procura de diversas linhas de produtos oficiais do evento. ?Nós tínhamos dificuldades com algumas grades de produtos. Muitos artigos já não contam com a numeração completa ou todas as cores originais. Então, para não prejudicar o consumidor, conseguimos negociar valores mais baixos junto aos fornecedores e repassarmos essas condições aos compradores. É como uma promoção de virada de estação?, explica Adley. Entre os comerciantes que comemoram o sucesso das vendas, porém, fica uma única frustração. E ela é com o perfil do público que consome os produtos do Pan. ?Quem está comprando é o brasileiro. Não existe turista estrangeiro. E o pessoal que está a trabalho no Pan já ganha essa roupa. Então ele vem aqui só para saber quanto vale?, diz o vendedor Anderson Mendes.

Sair da versão mobile