Há oito anos, a maior competição de surfe do Brasil passou por uma reformulação na parte comercial que, aos poucos, a transformou em um case de sucesso mundial da modalidade. Com três novos patrocinadores e uma resposta considerável do mercado, o SuperSurf encerrou sua temporada 2008 comemorando o sucesso de um modelo comercial que, segundo os organizadores, está muito próximo daquele considerado ideal. A peça chave para esse momento é a relação com a Editora Abril. Gestora da marca desde 2000, a companhia, especializada na produção de revistas, aliou sua experiência administrativa à força de mídia que possui para atrair patrocinadores e lucrar com um torneio deficitário. Atualmente, o SuperSurf conta com seis parceiros, divididos em duas categorias. A montadora Volkswagen e a cerveja Nova Schin são patrocinadoras-master, enquanto Nicoboco, Gol Linhas Aéreas, Nescau e Gillette são tratadas como apoio. Todas as marcas se aproveitam da estrutura de 700m” montada nas areias de todas as etapas para ações que potencializam o retorno do investimento. ?O SuperSurf é uma marca da Abril, que traz um caminhão de mídia com ela. O modelo de negócios chama a atenção até da ASP [entidade mundial que regula o surfe], que não consegue atrair empresas desse porte para o circuito mundial. Isso acontece porque a organização se preocupa em dar espaço para o patrocinador trabalhar?, disse Evandro Abreu, gerente de produtos da editora e principal responsável pela organização do evento. Dentro desse panorama, a temporada 2008 ganha um espaço especial. Este ano foi a ?estréia? de Gol, Nicoboco e Gillette no SuperSurf, unindo-se à Volkswagen, que está há oito, à Nova Schin, há seis, e à Nescau, há três. Mais que a ampliação das receitas, as novidades deixam o torneio a um patrocinador master do modelo considerado ideal. ?Em estrutura e parcerias a gente quase chegou lá. Não conseguimos abrigar muito mais que isso sem perder a qualidade. Temos dois patrocinadores e quatro apoios. O produto ainda pede mais um patrocinador principal?, disse Abreu. Inegavelmente, a atuação da Abril na divulgação é o fator que diferencia o SuperSurf do restante. Com espaço especial no chamado núcleo homem da editora, que inclui, entre outras, as revistas ?Playboy? e ?VIP?, a competição se notabiliza por reunir as mulheres que estampam as capas destas publicações e pelo concurso Beach Girl, que é coberto com interesse pelas mesmas. ?Acho fundamental [ligação com a Abril]. É o único produto da empresa que não é uma revista. Então a gente se suporta com ?Playboy? e ?VIP?. Para as duas o que interessa é a mulher bonita que está na praia. Então a gente faz o concurso para, de repente, fornecer uma capa para elas. É um produto a mais pra você divulgar o campeonato?, avaliou Abreu.
SuperSurf celebra comercial quase ideal
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