A parceria firmada com a Unicef, anunciada em agosto deste ano, deu ao Boca Juniors benefícios inestimáveis. Apesar de não ter conseqüências diretas para os cofres do campeão da Copa Libertadores da América, a associação ? que conta ainda com a participação da Nike ? potencializou mundialmente a imagem do clube e deve proporcionar a abertura de novos mercados aos argentinos. O acordo prevê a doação de US$ 1 (cerca de R$ 2) para cada camiseta vendida do time argentino à Unicef. A fornecedora de material esportivo da equipe assegura a quantia mínima de US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 3,6 milhões) ao longo dos dois anos de contrato. Pioneiro nesse tipo de ação na América Latina, o Boca emprestou seu elenco para a divulgação das causas defendidas pela entidade e se tornou embaixador do projeto humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) no continente. ?É uma situação de ?ganha-ganha?, mas é claro que o Boca tirou mais proveito do acordo. É uma tentativa de mudança, de tornar-se mais simpático para outros públicos?, afirma Felipe Barroso, diretor de desenvolvimento da Sportion Esporte & Marketing, lembrando a possível entrada de uma franquia do time na Major League Soccer (MLS), a liga de futebol dos Estados Unidos. ?O Boca, assim como o Barcelona, sempre foi ?mundialista?. Essa parceria deve dar respaldo às ambições do Boca de criar um time na MLS. O compromisso faz parte da consolidação do processo de internacionalização do clube?, destaca o especialista. O Barcelona puxou a fila solidária em meados de 2006. Em um contrato até então inédito, o clube catalão passou a pagar quase US$ 2 milhões anuais (R$ 3,8 mi) para estampar o logo da entidade em sua camiseta por cinco temporadas. A iniciativa causou alvoroço no mundo do futebol. Tradicionalmente, o uniforme da equipe nunca exibiu nenhuma espécie de marca ou símbolo. Apesar de ser considerada um marco, a estratégia de associação filantrópica não teve eco em solo nacional. A explicação, segundo o diretor da Sportion, está na situação deficitária dos clubes brasileiros. ?Existe uma visão de curto prazo sobre as parcerias no Brasil. Os clubes pensam de forma imediatista. Há ainda a questão financeira. Como muitos times passam por dificuldades e o compromisso com a Unicef não traz dividendos, esse tipo de projeto ainda não tem adeptos por aqui. Eu acredito, porém, que essas associações terão êxito no futuro?, avalia Barroso.
Unicef potencializa imagem do Boca
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