Violência já vira polêmica na Copa

Organizar uma Copa do Mundo é um trabalho definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como incomensurável. Logo depois do anúncio oficial do Brasil como sede do mundial de 2014, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, já teve uma amostra dos desafios que irá enfrentar tendo que responder uma pergunta sobre a violência no Brasil. Logo na primeira pergunta da breve coletiva que aconteceu depois do anúncio oficial, um jornalista canadense disse que no Brasil há muita violência, acontecem muitos assassinatos, e que é perigoso para turistas, indagando para Teixeira o que seria feito para segurança. O dirigente mostrou certa irritação e respondeu de maneira dura. ?Acredito que este problema de violência é um problema internacional. Tivemos o maior exemplo disso no Pan, em que não tivemos nenhum acontecimento no Rio de Janeiro, onde todas as forças estiveram presentes para que não fosse agredida nenhuma pessoa?, declarou o presidente da CBF, que depois alfinetou outros países. ?Se você raciocinar, você vê grandes países como nos Estados Unidos, crianças atirando dentro de escolas. Pelo menos isso não temos no Brasil. Nossa violência não é maior nem pior do que em todas as partes do mundo. Temos brasileiros sendo mortos em outros países, ditos como de grande segurança. Recentemente, uma delegação nossa relatou ter sido agredida por policiais no Canadá. Mas tenho certeza que isso poderia acontecer em qualquer lugar do mundo?, ressaltou. A questão causou uma saia justa no evento. Depois dos aplausos que Ricardo Teixeira recebeu pela resposta, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu a palavra e chamou a atenção do repórter canadense, criticando do tema. ?Quando atribuímos a Copa à África do Sul, a primeira pergunta foi por que vamos para a África se a criminalidade lá é alta. Agora a mesma pergunta. Peço respeito ao futebol e às instituições presentes aqui?, reclamou.

Sair da versão mobile