Nesta semana, chegou ao fim uma experiência de streaming esportivo voltada a dispositivos móveis, que parecia ser promissora. A empresa de tecnologia Buzzer, lançada em 2020, tinha parcerias com importantes ligas esportivas dos Estados Unidos e do mundo como NBA, WNBA, NHL e ATP Tour, com seu app.
Apenas dois meses depois de fechar seu aplicativo de consumo e concentrar seus esforços no licenciamento de sua tecnologia para terceiros, o Buzzer resolveu encerrar suas atividades.
A plataforma emitia notificações sobre partidas ou momentos emocionantes que provavelmente aconteceriam e oferecia aos usuários a possibilidade de adquirir acesso a uma transmissão ao vivo, via microtransação.
Acreditava-se que a experiência ao vivo trazida por uma plataforma flexível e nativa para celulares fosse um prato cheio para atrair usuários da Geração Z. Com base nessa premissa, a empresa de tecnologia levantou US$ 20 milhões em abril deste ano, com o objetivo financiar sua estratégia B2B, em que uma empresa fornece produtos ou serviços a outras empresas.
No caso, o Buzzer pretendia que empresas detentoras de direitos de transmissão ou ligas esportivas utilizassem sua tecnologia para transmitir via streaming para dispositivos móveis.
Estratégia fracassou
Na época em que essa operação financeira foi realizada, o fundador e presidente-executivo da startup, Bo Han, afirmou que existiam várias negociações em andamento, com emissoras e detentores de direitos. Os supostos testes ocorreriam em meados deste ano, durante o verão do hemisfério norte. Agora, porém, Buzzer chegou à conclusão de que as condições de mercado seriam desfavoráveis para que ela cumpra os objetivos.
“Desde a nossa fundação, a Buzzer teve como objetivo reimaginar o consumo de esportes ao vivo em parceria com os detentores dos direitos, facilitando a conexão com os fãs da Geração Z e abordando a lacuna de geração na audiência ao vivo enfrentada por nossa indústria – primeiro como um aplicativo móvel D2C (direto ao consumidor, na tradução) e, recentemente, como um provedor de tecnologia”, afirma o comunicado da empresa.
“A partir de hoje e com o coração pesado, estamos encerrando formalmente nossas operações. Os recentes desenvolvimentos na angariação de fundos e a dinâmica do mercado informaram este resultado, apesar dos nossos melhores esforços para continuar a construir o Buzzer”, conclui o documento.
O encerramento das atividades da startup são um sinal de que, mesmo possuindo parcerias com grandes ligas e players do mercado, a plataforma não conseguiu ganhar força como provedora de tecnologia, no cenário em que detentores de direitos de transmissão desenvolvem suas próprias estratégias diretas para o consumidor.