Três meses. Esse foi o tempo que durou o projeto do Campinas Vôlei, que, nesta quarta-feira (18), divulgou um comunicado oficial para revelar que não disputará mais a Superliga C por conta de uma crise financeira. A equipe do interior paulista não obteve os patrocinadores e os recursos financeiros necessários e inclusive já liberou as jogadoras para que busquem outros clubes.
Ao divulgar a lista de participantes da Superliga C, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) já não colocou o Campinas Vôlei.
O time prometia ser uma das grandes atrações do torneio. Isso porque havia tirado a bicampeã olímpica Jaqueline da aposentadoria e ainda contava com nomes conhecidos dos fãs de vôlei, como a levantadora Fabíola, a ponteira Mari Paraíba e a central Saraelen. Para se ter uma ideia, Jaqueline disputou apenas um jogo pela equipe.
Título mundial
O Campinas Vôlei foi lançado em julho com a ambição de conquistar um título mundial em apenas quatro anos. No entanto, não foi capaz de honrar com os salários das jogadoras e da comissão técnica.
De acordo com o GE, os gestores do projeto haviam colocado o último domingo (15) como data limite para os pagamentos. No entanto, não conseguiram arcar com a promessa e, com isso, decidiram pela liberação do elenco.
Já o blog Olhar Olímpico, do UOL, foi mais longe. Segundo a publicação, “o clube foi inscrito na Federação Paulista de Vôlei como sendo do Instituto Tandara Caixeta, administrado por Cleber de Oliveira Junior, marido da oposta, que está suspensa do vôlei até 2025 por doping”. Ou seja, teria sido o Instituto Tandara Caixeta que não honrou os salários combinados.
No comunicado oficial, Cleber de Oliveira Junior, responsável pela administração do time, pediu desculpas às atletas, à comissão técnica e aos gestores. No entanto, afirmou que o projeto não chegou ao fim (“não desistiremos”) e ainda disse que os compromissos firmados serão honrados.