A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) comunicou, na manhã desta quarta-feira (31), a notícia da morte de seu presidente, Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca. Ele tinha 89 anos de idade e estava em sua casa, em Maceió (AL).
Além de dirigente de vôlei, Toroca havia sido atleta e técnico na juventude. Foi presidente da Federação Alagoana de Voleibol por mais de 30 anos, além de haver exercido quatro mandatos de vereador em Maceió, tendo sido presidente da Câmara Municipal em duas ocasiões.
No cargo desde 2014, Toroca estava afastado de suas funções nos últimos tempos por conta da idade avançada. Com a saúde do mandatário comprometida, quem exercia o poder de fato na CBV era o ex-técnico da seleção brasileira masculina Radamés Lattari, que agora assumirá o cargo de forma definitiva.
“É um dia muito triste para o voleibol brasileiro, que perde um líder, uma referência. Eu, particularmente, perco um dos maiores amigos que tive na vida. É difícil encontrar palavras para descrever o Toroca, uma pessoa especial, inteligente, leal. Um amigo e parceiro, dedicado ao esporte e à família”, afirmou Lattari, em nota divulgada pela CBV.
No texto, a entidade destacou as medalhas olímpicas conquistadas pelo vôlei brasileiro durante as gestões de Toroca, sendo três ouros, três pratas e um bronze. Ele havia presidido a CBV entre 1995 e 1997, substituindo Carlos Arthur Nuzman, que havia deixado o cargo para assumir o Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Os dois, mais Ary Graça, que era aliado de Toroca, mas, de 2014 em diante passou a ser adversário, foram os três únicos presidentes da CBV ao longo de quase cinco décadas.
Radamés Lattari permanecerá no cargo pelo menos até 2025, quando está prevista a realização da próxima eleição da entidade. Recentemente, quando explodiu a polêmica envolvendo o oposto Wallace (suspenso pelo COB por incitar, em sua conta no Instagram, um atentado contra o atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva), foi de Lattari que partiu a autorização para que o atleta disputasse a final da Superliga, fato que ocasionou uma crise no vôlei brasileiro. O ex-técnico já desempenhava as funções de presidente da CBV, enquanto Toroca estava afastado devido a problemas de saúde.