A crise entre a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) por causa do Caso Wallace finalmente chegou ao fim. As entidades aceitaram, nesta segunda-feira (15), um termo de acordo que estabelece punições bem menos rigorosas a todos os envolvidos no problema.
O documento foi assinado por CBV, COB, Conselho de Ética do COB (Cecob), Advocacia-Geral da União (AGU) e o jogador, punido por postar em sua conta no Instagram uma enquete estimulando um atentado a bala contra o Presidente da República. A AGU havia enviado um ofício à CBV e ao COB pedindo uma punição ao jogador, além de uma comunicação ao Ministério Público Federal (MPF), para que investigasse o caso. Após a assinatura de todas as partes, o documento foi disponibilizado na plataforma interna do comitê nesta terça-feira (16).
A CBV conseguiu derrubar a suspensão de seis meses do Movimento Olímpico dada à entidade, além da punição de um ano ao presidente interino Radamés Lattari.
Já Wallace, jogador do Sada Cruzeiro, conseguiu reduzir a punição de cinco anos por ter jogado a final da Superliga para 90 dias contados a partir da data da decisão contra o Itambé Minas, ocorrida em 30 de abril. O período de suspensão coincidirá, portanto, com as férias do jogador e será encerrado em 29 de julho.
Curso de compliance
A CBV, por sua vez, terá que arcar com os custos de um curso de compliance para atletas e dirigentes nas redes sociais. No documento assinado pelas partes, não foi definido nenhum valor com o qual a confederação de vôlei terá que arcar para pagar esse curso.
O curioso é que, nos termos do acordo, Wallace, protagonista de toda a crise, não foi obrigado a participar do curso. Fontes ouvidas pela Máquina do Esporte, no entanto, reiteraram que é “desejável” que ele participe.
Ainda não foi definido como será o formato das aulas, mas há a ideia de que seja por meio de ensino a distância (EAD) para que possa atingir um número maior de atletas e dirigentes. O material será elaborado pelo departamento de compliance do COB.