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Falta 1 ano para a Copa do Mundo. Você vai ficar parado?

Narrativa está pronta: reconexão, recomeço, identidade, mundial em território de consumo, em ambiente de espetáculo; se sua marca ainda está parada, é melhor correr

Copa do Mundo de 2026 será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México - Reprodução / X (@fifamedia)

Enquanto o brasileiro ainda tenta entender se a seleção está mesmo voltando a ser “nossa”, o calendário avisa: falta apenas 1 ano para a Copa do Mundo de 2026. Sim, 365 dias. A essa altura, na verdade, menos que isso. Parece muito? Para quem trabalha com planejamento estratégico, ativações e marketing esportivo, já soa como sinal de alerta piscando no neon com letras garrafais.

Marcas, é agora ou só daqui a quatro anos.

Sei que alguém já vai querer corrigir: “Ah, mas em 2027 tem Copa do Mundo Feminina no Brasil, esqueceu?”. Não, não esqueci. Muito pelo contrário. Mas são planejamentos diferentes, com tempos, tons e temas distintos. A Copa Feminina exigirá uma abordagem mais local, culturalmente conectada ao nosso território e, principalmente, com um esforço de educação e envolvimento de outras camadas da sociedade e do mercado.

Mas hoje, a conversa é sobre 2026. Sobre a maior vitrine esportiva do planeta.

Uma Copa que será jogada em três países, com clara predominância dos Estados Unidos. E quando falamos de Copa nos EUA, a minha geração lembra de 1994, do tetra. Mas estamos falando de uma arena comercial em que tudo vira experiência, onde cada matchday é espetáculo, e onde o brasileiro, especialmente o mais consumista e globalizado, se sente em casa. O norte-americano já entendeu o que muitas marcas brasileiras ainda titubeiam em executar: futebol também é entretenimento, lifestyle, “lovebrand” e comunidade. É, sim, terreno fértil para ativações inteligentes, criativas e escaláveis.

A Copa de 2026 acontecerá em um solo onde tudo é potencializado. E o melhor: é um solo que o brasileiro ama pisar. Isso significa oportunidade para os patrocinadores da seleção, sim, mas também para marcas que querem usar o futebol como ponto de contato emocional, de branding ou de performance. E aqui, não importa se você é patrocinador máster ou uma marca que quer surfar no “buzz”: se você for rápido, autêntico e tiver um bom plano, o palco está aí.

Aliás, falando em seleção, é impossível ignorar o fator Carlo Ancelotti. A chegada do treinador antecipou o que parecia improvável: reconectou o torcedor com o time. Agora, o Brasil já garantiu vaga na Copa. E, com isso, abriu-se uma nova janela de afeto, de expectativa, de crença. Um estrangeiro chegando ao comando resgatou um vínculo emocional que andava esgarçado. E, para o marketing, isso tem nome: narrativa.

E a narrativa está pronta: reconexão, recomeço, identidade, mundial em território de consumo, em ambiente de espetáculo. Do que mais você precisa para começar o seu planejamento?

Se sua marca ainda está parada, é melhor correr. Porque quem dorme demais em ciclo de Copa acorda no ciclo seguinte. E aí… só em 2030.

Lênin Franco é especialista em marketing esportivo, possui MBA em Gestão de Projetos e trabalha no mercado do futebol desde 2006. Chegou ao Bahia em 2013 como gerente de marketing e, na sequência, passou a comandar o departamento de negócios. Em 2021, chegou ao Botafogo como diretor de negócios e ajudou o clube a se estruturar para a chegada do investidor John Textor. Em 2022, assumiu a diretoria de negócios do Cruzeiro, integrando o time de dirigentes da SAF Cruzeiro. Por fim, em 2023, assumiu as áreas de marketing e comercial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), liderando principalmente a renovação do contrato da Nike com a entidade