Você já deve ter visto ou ao menos ouvido falar de “Trato Feito”, série norte-americana que é líder de audiência do History Channel nos EUA e no Brasil. O programa se passa em uma loja de penhores de Las Vegas e tem como protagonista uma família que combina a paixão por itens colecionáveis e/ou históricos e se diverte com situações inusitadas do dia a dia.
No programa, compra-se e vende-se de tudo. E, quando falo de tudo, é de tudo mesmo: de itens da Segunda Guerra Mundial a bonecas Barbie, de roupas de personagens de Star Wars a fósseis, e por aí vai. Inclusive muita coisa relacionada a esporte.
Como fã do programa e colecionador de itens esportivos, fui atrás de um papo com Rick Harrison, protagonista da série. Falando sobre o Brasil, sobre a enorme audiência no país, a conversa rendeu uma grande surpresa.
“Sabemos da popularidade no Brasil e ficamos muito felizes. Nunca estive no Brasil, mas adoraria visitar ou filmar lá. Ouvi dizer que é um país lindo e incrível. Estamos falando sobre essa possibilidade e, se isso acontecer, o Rio de Janeiro é um dos locais mencionados. Estamos conversando e esperamos chegar lá este ano.
Opa! Visita do “Trato Feito” ao Brasil? Sim! E pode ser ainda em 2025.
Como este é um espaço de esportes e negócios, vale lembrar um pouco das centenas de itens raros (e valiosos) do esporte que já foram negociados (ou quase) no programa. Se você tem alguma relíquia do esporte, já pode separar porque a chance de negociar com Rick Harrison e aparecer no programa agora existe e não será preciso ir até Las Vegas para isso.
Em meio às mais de 20 temporadas, um dos programas mais marcantes foi o que trouxe um lote de itens de Kobe Bryant. O interesse nessa coleção levou Rick até a casa de um colecionador. Tudo que remete a Kobe Bryant é valioso, e o dono do acervo estipulou o preço em US$ 750 mil (quase R$ 4,3 milhões). E quanto valeria o par de tênis usado por Michael Jordan em “Space Jam”? Curioso? Então, é só dar uma olhadinha aqui para ver se cabe no seu bolso.
Saindo do esporte rapidinho e indo mais para o lado do negócio, basta correr até os 17min10s para encontrar uma moeda que foi oferecida por US$ 30 milhões (mais de R$ 171 milhões), mas que não foi vendida porque o comprador ofereceu “apenas” US$ 25 milhões.
De volta ao esporte, em uma visita pela loja é possível encontrar itens esportivos raros, colecionáveis e peças únicas, assim como tem muita quinquilharia também. Há camisas autografadas (incluindo Pelé, Lionel Messi e Michael Jordan, entre outras lendas do esporte), tacos de beisebol, cards autografados (como uma coleção incrível com pedida inicial de US$ 120 mil), medalhas olímpicas e anéis de campeonatos (como esses três do Super Bowl, da NFL). Esses são apenas alguns exemplos. Centenas de itens de memorabília esportiva estão à venda e outras dezenas chegam toda semana à loja.
E esse encontro entre Rick e Ken Goldin, dono da Goldin CO? Ah, e vale assistir também às duas temporadas da série “Coleções que Valem Ouro”, da Netflix, que teve a participação especial de Kareem Abdul-Jabbar. A lenda do basquete mundial decidiu colocar à venda/leilão parte de suas peças, entre elas anéis, troféus e camisas, para destinar a arrecadação para caridade…
Para falar de números
Estima-se que o mercado global de memorabília esportiva, considerando-se apenas transações/negociações oficiais, gire na casa dos US$ 8 bilhões nos EUA, um negócio que movimenta US$ 20 bilhões (mais de R$ 114 bilhões) pelo mundo.
Posso dizer que, como fã, já estou esfregando as mãos aqui, na torcida para ver Rick e sua turma chegando ao Brasil.
E já que estamos falando de “Trato Feito”, vale uma referência ao “Aberto Para Compras”, programa do History Channel que entra na segunda temporada de gravações este mês e que é inspirado na série norte-americana. Sérgio Longo, Luciana Coutinho e Cláudio Claudino viajam por cidades do Brasil a bordo de uma Kombi em busca de objetos especiais e com muita história.
Estarei nessa novamente como consultor de colecionáveis/memorabília esportiva. Será muito bacana!
Samy Vaisman é jornalista, sócio-diretor da MPC Rio Comunicação (@mpcriocom) e cofundador da Memorabília do Esporte (@memorabiliadoesporte)