O investidor norte-americano Robert Sarver resolveu ceder à pressão de atletas e patrocinadores e colocar o Phoenix Suns à venda. A decisão ocorreu após o executivo ter sido suspenso por um ano, pela NBA, por atos de racismo, misoginia e assédio praticados contra trabalhadores. As negociações envolverão ainda o time de basquete feminino Phoenix Mercury, da WNBA, que também é de propriedade do empresário.
A notícia da venda foi repercutida nas redes das duas franquias. Elas afirmam que a decisão do investidor de vender o Suns e o Mercury “é do melhor interesse das organizações e da comunidade”. Os times também anunciaram que esperam iniciar, no máximo até novembro, mudanças em suas políticas de liderança, pessoal e responsabilidade.
O investidor emitiu uma declaração pública afirmando que iniciou o “processo de busca de compradores” para os times. Em seu comunicado, Sarver declarou que “ficou dolorosamente claro que não é possível, não importa o quão bem você tenha feito ou ainda possa fazê-lo, carregar o fardo do que eu disse no passado”. E acrescentou: “Não quero ser uma distração para as equipes. É a melhor decisão para todos”.
Assédio e bullying
Sarver foi punido após uma investigação independente realizada pela ESPN, em novembro do ano passado. No entendimento das duas ligas, ficou comprovado que o empresário “violou claramente as normas comuns trabalhistas e as normas da liga com uso insensível e racializado da linguagem, tratamento desigual de funcionárias, comentários e comportamentos sexuais e assédio, às vezes com bullying, de trabalhadores”.
O investidor adquiriu o Phoenix Suns em 2004, pagando um valor recorde, até então, de US$ 401 milhões. Atualmente, o time ocupa a 18ª posição em valor de mercado dentro da liga, sendo avaliado em US$ 1,92 bilhão, segundo o site Sportico. A última venda de uma franquia da NBA ocorreu em 2020, quando o Utah Jazz foi comprado por Ryan Smith por US$ 1,66 bilhão.
Por conta da punição, Sarver está proibido de permanecer em qualquer pavilhão da NBA ou WNBA, incluindo outras instalações, como escritórios ou complexos de treinamento. Ele também está impedido de representar as equipes em eventos e locais públicos ou privados, e não pode ter participação em negócios, governança ou reuniões das franquias ou da liga.