WNBA aumentará número de jogos em 2023 e planeja expansão de franquias em 2025

Após dois anos de muita dificuldade por causa dos efeitos econômicos da pandemia, a WNBA planeja incrementar seu campeonato anual. Para 2023, a liga aumentará o número de jogos de cada time na temporada regular de 36 para 40 partidas. E, em 2025, a ideia é aumentar o número de equipes que disputa o torneio. Atualmente, 12 times participam da competição.

“Estamos percebendo um grande interesse, evidenciado nas audiências, e nossa resposta deve ser tentar crescer, ter uma temporada mais ampla”, afirmou Cathy Engerlbert, principal executiva da liga americana feminina de basquete.

“A média [de jogos] já constava do acordo coletivo [de trabalho] firmado com as jogadoras há dois anos, que prevê aumento para 44 jogos. A razão para expandi-los em 2023 é que é um ano em que não teremos nem Jogos Olímpicos nem Copa do Mundo”, contou a dirigente.

Investimento milionário

Em fevereiro, a WNBA recebeu um aporte de US$ 75 milhões, a maior quantia já arrecadada em uma única rodada de investimento por uma franquia de esportes femininos. Os investidores receberam participação na liga, que anteriormente era 50% de propriedade das 30 equipes da NBA e 50% de propriedade das 12 equipes da WNBA.

O grupo de investidores contou com alguns donos de times da WNBA e da NBA. É o caso de Joe e Clara Tsai, proprietários do New York Liberty (WNBA) e do Brooklyn Nets (NBA); do dono do Dallas Wings (WNBA), Bill Cameron; e de Ted Leonsis, que possui o Washington Mystics (WNBA) e o Washington Wizards (NBA).

Expansão adiada

Em relação à expansão das franquias, 2024 foi visto como uma data-chave. Mas a decisão foi de adiar em mais um ano a iniciativa.

“Temos cerca de 100 cidades em estudo, com seus perfis de mercado, dados demográficos, ginásios, torcedores na NCAA [liga universitária dos EUA], torcedores da WNBA, potenciais vendas de merchandising, audiências… Gostaríamos que fosse em 2024, mas precisamos analisar muitos fatores e encontrar a propriedade adequada ao grupo”, explicou ela.

Multa milionária

Por outro lado, Cathy tem insistido para as equipes cumprirem as normas. Uma das principais se refere às condições de viagem. Em março, o New York Liberty recebeu a maior multa da história da liga, US$ 500 mil, por quebrar essas regras.

A equipe fez viagens em voos fretados, algo que não é permitido pela regra da WNBA por mexer com a isonomia do campeonato, já que a maioria das franquias não tem condição financeira de fazer isso.

Outra mudança anunciada pela dirigente foi um aumento de até 50% na premiação dada aos times que disputarem os playoffs.

“Isso duplica o que cada jogadora recebe se ganhar o campeonato. Estamos tentando encontrar maneiras de pagar mais”, afirmou a executiva.

Direitos de TV

Outra prioridade no momento é a negociação de um novo acordo de TV. O atual com a ESPN termina em 2025.

“Precisamos encontrar o pacote certo para facilitar o acesso e a visualização das partidas para os torcedores”, revelou Cathy.

Atualmente, as partidas são transmitidas nas plataformas da ESPN, ABC, CBS, NBA TV, Twitter, Facebook, Amazon Prime Video e League Pass.

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