Microsoft é impedida de comprar Activision Blizzard por órgão regulador do Reino Unido

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Se convertida em reais, aquisição será concretizada por cerca de R$ 345 bilhões - Reprodução

A big tech Microsoft anunciou, em janeiro de 2022, que estava adquirindo a Activision Blizzard, uma das principais desenvolvedoras de jogos eletrônicos do mundo, por expressivos US$ 68,7 bilhões (cerca de R$ 345 bilhões, na cotação atual). Porém, a aquisição foi barrada pela Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) do Reino Unido, órgão britânico responsável por regular a competição de mercados. 

“O acordo proposto afetaria negativamente o mercado emergente de jogos em nuvem, reduzindo a inovação e a escolha dos consumidores”, afirmou a CMA em sua decisão. Ainda segundo o órgão, a Microsoft já controla, por meio do sistema operacional Windows e do console Xbox, 70% do mercado global de serviços de jogos em nuvem.

A Activision Blizzard é desenvolvedora de jogos como Call of Duty, Overwatch e World of Warcraft. O acordo previa que a empresa não lançaria mais seus próprios serviços de jogos em nuvem, o que favoreceria os serviços da Microsoft e, ainda segundo a CMA, impactaria ainda mais na concorrência. 

Martin Coleman, presidente do grupo que conduziu a investigação da CMA, afirmou que a Microsoft se apresentou de forma “construtiva” para viabilizar uma solução, mas que não foi suficiente.

“A Microsoft já desfruta de uma posição poderosa e vantagem sobre outros concorrentes de jogos em nuvem, e este acordo fortaleceria essa vantagem, dando-lhe a capacidade de minar concorrentes novos e inovadores”, disse. 

A Microsoft ainda não se manifestou publicamente. Já Bobby Kotick, executivo-chefe da Activision Blizzard, enviou um e-mail aberto aos funcionários, dizendo que as duas empresas recorrerão da decisão, que ainda não é definitiva, e que o bloqueio do acordo seria um “golpe nas ambições do Reino Unido de tornar-se um líder em tecnologia”.

“Já começamos o trabalho de recorrer ao Tribunal de Apelações de Concorrência do Reino Unido. Estamos confiantes no nosso caso porque os fatos estão do nosso lado: este negócio é bom para a concorrência”, afirmou o executivo. 

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