Para atingir o público de corridas de rua no Brasil, não basta oferecer bons produtos e serviços, mas é preciso estabelecer relacionamento permanente com os atletas amadores de uma geração cada vez mais conectada e adepata de tecnologias para melhorar seu dia a dia de treinamentos.
Essa foi a percepção do debate “Tecnologia e o Atleta Amador”, promovido pelo Máquina Talks – Transformação Digital no Esporte, com a participação de Daniel Krutman, CEO da Ticket Sports, Juliana Cassino, diretora da agência Milk, Felipe Pontual, gerente de marketing da Asics e Rosana Fortes, gerente-geral do Strava no Brasil.
O Strava, segundo pesquisa do Ticket Sports, é aplicativo mais utilizado pelos brasileiros, que mostrou que 89,8% dos atletas amadores do país fazem uso de apps. Rosana compara o público brasileiro com o de outros países, que não têm o mesmo costume dos brasileiros em compartilhar suas informações de treinamento nas redes sociais.
“O atleta amador gosta de mostrar para ele mesmo, para a sua comunidade que está se movimentando, não importa se está fazendo uma caminhada, uma corrida ou prova de triatlo. A questão social é o que pega o brasileiro”, destaca a gerente-geral da marca.
Olympikus
Entre os tênis de corrida de rua, de acordo com a mesma pesquisa do Ticket Sports, a Asics (23,4%) e a Olympikus (22,9%) dominam a preferência dos brasileiros.
Para atingir o coração desse público, a Olympikus busca estabelecer conexões que vão além do uso do tênis. O principal projeto é o Bota Pra Correr, que leva os corredores para participar de provas em locais paradisíacos do Brasil.
“O projeto Bota Pra Correr é mais que uma corrida. A gente fala que é um festival de corrida. Envolve levar o pessoal para correr em lugares diferentes”
Juliana Cassino, diretora da agência Milk
“Esse projeto já aconteceu no Jalapão (TO), no Pantanal (MS), no Alter do Chão (PA), Chapada dos Veadeiros (GO), São Miguel dos Milagres (AL), Costa do Conde (PB) e Vale dos Vinhedos (RS)”, afirmou Juliana, da Milk, agência que cuida das ativações da marca.
“Este ano, em Morretes (PR) e Itacaré (BA). No ano que vem já anunciamos Serra do Cipó (MG) e Cumbuco (CE)”, acrescenta a executiva.
Juliana lembra que a Olympikus saiu de uma marca pouco conhecida para a mais utilizada na Maratona de São Paulo, uma das principais do país.
“Os produtos têm muitas tecnologia. Mas como são produzidos no Brasil, têm o melhor cust-benefício. É uma construção de marca, escuta ativa, produtos com tecnologia e preço”, destaca.
Asics
Para Felipe, da Asics, a virada da marca foi ir além de oferecer um bom produto para os corredores de rua, mas estabelecer conexão direta com esse público.
“A mudança da Asics nos últimos anos é estar na rua. O público sente que é uma marca que está se esforçando para melhorar a experiencia de corrida dela. É uma marca que entende a linguagem e se preocupa com esse ambiente”, destaca o executivo.
“A Asics tenta criar um ecossistema de corrida que fale com o corredor durante toda a jornada, não só no dia de prova”, acrescenta.
Uma das experiências oferecidas para isso foi a Asics House, espaço de apoio para os corredores de rua na Marginal Pinheiros, onde os corredores podem testar produtos da marca e estabelecer relações com outros atletas amadores.
“Era um local perigoso. A gente chegou lá em um momento arriscado, mas decidimos fazer parte dessa evolução. A Asics House está aberta todo fim de semana e é um espaço seguro para a comunidade de corredores”, afirma Felipe.
O Máquina Talks– Transformação Digital no Esporte é mais um evento com a organização da Máquina do Esporte. O encontro para convidados e que acontece em São Paulo (SP) tem os patrocínios de Genial Investimentos, End to End e Ticket Sports.